O Papa Leão XIV realizou um encontro histórico com sobreviventes de abuso sexual pelo clero católico pela primeira vez. O encontro, que ocorreu na segunda-feira, dia 20, marca um passo importante na tentativa de resgatar a confiança no alto escalão da Igreja, dias após a Comissão de Proteção à Criança do Vaticano ter criticado a lentidão na assistência às vítimas.
O Papa dialogou por cerca de uma hora com representantes da Ending Clergy Abuse, uma coalizão internacional de sobreviventes de abuso pelo clero. Esse encontro foi descrito pelo grupo como "um momento significativo de diálogo", refletindo a busca por justiça e reconciliação por parte dos envolvidos.
Por que a Igreja enfrentou críticas sobre o tratamento às vítimas?
Ao longo de décadas, a Igreja Católica, com seus 1,4 bilhão de seguidores globalmente, tem enfrentado escândalos de abuso e encobrimento que prejudicaram sua credibilidade. Um relatório recente da Comissão de Proteção à Criança criticou várias lideranças eclesiásticas por não informarem adequadamente as vítimas sobre o andamento de suas denúncias.
Como foi o encontro entre o Papa e os sobreviventes de abuso?
Durante a reunião com o Papa Leão XIV, sobreviventes, como a canadense Gemma Hickey, relataram ter sido ouvidos e acolhidos por ele. Hickey destacou: "O papa Leão é muito afetuoso, ele ouviu". Os sobreviventes expressaram seu desejo de construção conjunta de um caminho em direção à verdade e justiça.
Qual é o impacto das acusações de abuso na Igreja Católica?
Os escândalos de abuso não apenas abalaram a estrutura interna da Igreja mas também acarretaram custos milionários em acordos legais em todo o mundo. As acusações, frequentemente envolvidas em encobrimentos, destacam a necessidade de reformas e maiores esforços para reparar a fé abalada dos fiéis.
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Com informações da Agência Brasil
