A vitamina D é amplamente conhecida por seus benefícios à saúde, mas você sabia que ela é fundamental não apenas para os ossos, mas também para seu sistema imunológico? Extraída principalmente da luz do sol, a vitamina D é essencial para a absorção de cálcio e fósforo – nutrientes cruciais para manter seus ossos fortes e saudáveis. Apesar de sua popularidade, muitos ainda têm dúvidas sobre como, quando e quanto consumir deste nutriente. Vamos explorar mais?
Navegando por controvérsias e incertezas, a farmacêutica Paula Molari Abdo, com formação pela USP e diretora técnica da Formularium, responde às principais perguntas sobre esse importante componente da nossa dieta. Vale a pena conferir!
O que é a vitamina D, afinal?
Curiosamente, a vitamina D é, na verdade, um hormônio. Sua produção depende do dehidrocolesterol no organismo e suas complexas funções levaram-na a ser chamada de "sistema endocrinológico vitamina D". Ela existe em duas formas: ergocalciferol (D2) e colecalciferol (D3). Enquanto a D2 é encontrada em plantas e peixes específicos, a D3 surge quando a pele é exposta ao sol. Apenas 20% dessa vitamina provém da dieta; os outros 80% são sintetizados pela pele.
O que influencia a produção da vitamina D no corpo?
Vários fatores interferem na síntese da vitamina D, incluindo cor da pele, localização geográfica, estação, vestuário, idade, protetor solar e condições climáticas. Curiosamente, pessoas com pele mais escura tendem a ter níveis mais baixos da vitamina. Nas regiões do norte, esses níveis caem significativamente do verão para o inverno, mas 30 minutos diários de sol no verão, evitando as horas de pico, já são benéficos.
Quando é indicado usar suplemento de vitamina D?
Embora a suplementação deva ser discutida com seu médico, alguns grupos têm maior propensão à deficiência: idosos, devido à menor síntese natural com a idade; indivíduos obesos, por uma relação inversa entre vitamina D e massa corporal; gestantes, lactantes e crianças. A suplementação é vital para quem sofre de condições como raquitismo, osteoporose, ou com síndromes de má absorção, entre outras.
Estou com deficiência de vitamina D?
Para descobrir isso, um exame de sangue solicitado por um médico é necessário. Níveis normais da vitamina, com base na saúde óssea, variam de 20 a 32 ng/mL. Entretanto, para corrigir doenças e otimizar o cálcio, a dosagem ideal aproxima-se de 30 ng/mL.
Que problemas a falta de vitamina D pode trazer?
A vitamina D, sendo também um hormônio, faz muito mais do que apenas cuidar do cálcio. Sua ausência tem sido ligada a várias doenças, desde depressão e enxaqueca até diabetes tipo 2 e doenças autoimunes.
A vitamina D pode proteger o coração?
Sim, ela desempenha um papel importante na saúde cardiovascular, prevenindo a calcificação vascular e regulando a pressão arterial. Esses fatores colaboram para reduzir riscos de infarto e derrame.
Há riscos na superdosagem de vitamina D?
Embora a toxicidade seja rara, é sério e pode ser fatal. Sintomas incluem náuseas, vômitos e até danos renais. Portanto, cuidado com dosagens excessivas!
Posso obter vitamina D apenas pela alimentação?
Embora a exposição ao sol seja a melhor fonte, alguns alimentos são ricos em vitamina D, como peixes gordurosos, gema de ovo e cogumelos.
Deficiência de vitamina D na infância e saúde mental
Um estudo sugere que a falta de vitamina D em crianças pode estar ligada a transtornos mentais na vida adulta, incluindo depressão e esquizofrenia. Lembre-se: consulte sempre seu médico antes de iniciar qualquer suplementação.
Por Flávia Ghiurghi
Redação EdiCase