Na última quarta-feira, dia 6, agentes da Polícia Federal (PF) realizaram uma ação de grande impacto, denominada Operação Conexão Puebla-Rio. Este movimento foi orquestrado para enfrentar o tráfico internacional de drogas, com a parceria da Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI) dos Estados Unidos.
A operação destacou-se ao desbaratar um laboratório clandestino de drogas sintéticas localizado na Ilha do Governador, zona norte do Rio. Durante o cumprimento do mandado, a mulher investigada foi presa em flagrante, mas o homem suspeito ainda está foragido. Como parte significativa da apreensão, a metanfetamina foi confiscada em suas variantes cristalizada e líquida.
Como se deu a descoberta deste laboratório clandestino?
Nas primeiras horas da operação, a Polícia Federal cumpria um mandado judicial quando se deparou com uma verdadeira fábrica de drogas operante na residência de um casal. Este laboratório dedicado à produção de drogas sintéticas foi um achado inesperado e crucial para a operação. A mulher, presente no local, foi detida imediatamente, enquanto o homem encontra-se em fuga.
Qual o desfecho imediato após a apreensão?
Seguindo procedimentos padrões, a cena foi submetida a uma perícia técnica criminal. Os equipamentos e insumos químicos encontrados foram catalogados e levados para análise. A mulher capturada foi encaminhada à Superintendência da PF no Rio de Janeiro, representando um passo significativo no desmantelamento dessa rede.
Quem mais apoiou a operação além da HSI?
A operação contou não somente com o suporte da HSI, mas também com o apoio crítico do Oficialato de Ligação da Polícia Federal em Miami. Esta colaboração internacional sublinha a seriedade e a dimensão global envolvidas no combate a esse tipo de crime.
Quais as implicações do tráfico de drogas no contexto global?
O Relatório Mundial sobre Drogas 2024, recente publicação do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), pinta um quadro desafiador e preocupante. Como destacou a diretora-executiva do UNODC, Ghada Wally, "a produção, o tráfico e o uso de drogas agravaram a instabilidade e a desigualdade, causando danos severos à saúde pública e social". Dados revelam que em 2022, mais de 292 milhões de pessoas usaram drogas, assinalando um aumento de 20% em comparação com a década anterior.
Cannabis é a droga mais popular globalmente, com 228 milhões de usuários, seguida por opioides, anfetaminas, cocaína e ecstasy, reforçando a complexidade desse cenário internacional do uso e tráfico de entorpecentes.
Com informações da Agência Brasil