O Superior Tribunal de Justiça (STJ) tomou uma decisão impactante: determinou o afastamento por seis meses de Wanderley Barbosa, governador do Tocantins e membro do partido Republicanos. Após assumir o cargo em outubro de 2021, Barbosa agora enfrenta investigações por suspeitas de envolvimento em fraudes relacionadas à compra de cestas básicas durante a pandemia. Curiosamente, seu antecessor, Mauro Carlesse, também deixou o cargo sob suspeitas, mas renunciou para enfrentar acusações de propinas.
Na mesma manhã em que o STJ divulgou sua decisão, a Polícia Federal (PF) avançou na operação Fames-19, que foca em desvios de recursos destinados à pandemia. Desde o início da operação, em agosto de 2024, mandados de busca e apreensão são cumpridos, incluindo endereços de Barbosa e outros suspeitos. Esses desdobramentos trazem questões importantes sobre a gestão de recursos em tempos críticos.
Por que Barbosa está sendo investigado?
O foco das investigações são os atos ilícitos supostamente ocorridos entre 2020 e 2021, período em que Barbosa era vice-governador. Ele alega, em sua defesa, não ter sido o ordenador de despesas, reiterando a atual gestão como investigativa, não apenas de sua conduta, mas de contratos de cestas básicas. Este caso revela uma teia de complexidades na administração pública durante a pandemia.
O que a operação Fames-19 descobriu até agora?
Atualmente, a operação conta com mais de 200 policiais federais, cumprindo mandados em vários locais, incluindo Palmas, Araguaína, Distrito Federal e outros estados. A segunda fase foca em desvendar o desvio de verbas públicas e exposição de favorecimentos indevidos entre 2020 e 2021. Estimativas apontam um prejuízo de mais de R$ 73 milhões, com valores desviados ocultos em uma rede de construções de luxo e outras transações suspeitas.
Como Barbosa planeja reagir à decisão do STJ?
Em uma nota, Barbosa reafirma ser parte da solução, não do problema. Ele está em busca de soluções jurídicas para retomar seu posto, provando a legalidade de seus atos. Em conjunto com a PGE e CGE, instaurou auditorias internas como parte de seu comprometimento com a transparência. Sua determinação é clara: enfrentar a situação e garantir estabilidade ao estado.
Com informações da Agência Brasil