Na manhã desta sexta-feira, uma ação da Polícia Federal trouxe à tona um esquema de fraudes bilionário envolvendo direitos de aposentados e pensionistas no Brasil. Conhecidos nomes no cenário empresarial, Antonio Carlos Camilo Antunes, apelidado de “Careca do INSS”, e Maurício Camisotti foram alvos de mandados de prisão preventiva. A operação faz parte da broad Operação Cambota, que vem investigando cobranças ilegais sobre benefícios previdenciários.
A ação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), também incluiu 13 mandados de busca e apreensão em locais associados aos suspeitos. Entre os investigados está o advogado Nelson Wilians, cuja ostentação nas redes sociais despertou curiosidade. Durante os mandados em Brasília, o “Careca do INSS” foi preso em sua residência, enquanto documentos e posses eram apreendidos pela PF nas propriedades da família Antunes.
Como a investigação de fraudes no INSS impacta os envolvidos?
O advogado de defesa de Antunes, Cleber Lopes, expressou a sua surpresa diante da prisão do cliente, destacando a colaboração contínua com as autoridades desde que assumiram o caso em março. Lopes argumenta que a detenção foi baseada em uma "compreensão equivocada dos fatos". Ele sustentou que a defesa vinha agindo de forma transparente, inclusive solicitando autorização para viagens.
Em defesa, Lopes afirmou: "Estamos com toda a documentação separada, catalogada, e vamos apresentá-la à autoridade policial", ressaltando que poderiam haver outros interesses por trás das acusações contra o seu cliente.
Qual o próximo passo das autoridades nesta investigação?
A operação da PF não apenas busca deter os culpados, mas também avançar para uma investigação mais aprofundada, como indicado pelo senador Carlos Viana, presidente da CPI que investiga o esquema. Segundo o senador, a prisão dos principais envolvidos é o "primeiro passo" para uma cadeia maior de culpados serem responsabilizados.
O senador afirmou: "Temos muitas outras pessoas que também têm que ser presas... Para não poderem fugir e, principalmente, para que não possam esconder o patrimônio roubado dos aposentados."
Quais são as próximas medidas e implicações para os investigados?
A comissão aprovou cerca de 400 pedidos para quebrar sigilos bancários, fiscais e telemáticos, visando aprofundar as investigações. Entre os alvos estão Antunes e Camisotti, que podem depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) se os pedidos do Senado forem acatados pelo STF.
Com esperança de respostas em breve, Viana mencionou: "Agora, o próximo passo é pedirmos ao ministro que o STF libere [para depor] o senhor Antunes, o Careca [do INSS], na próxima segunda-feira, e o senhor Camisotti na próxima quinta-feira."
O desdobramento das investigações e prisões de figuras proeminentes nesta rede de fraudes coloca um novo foco nas práticas de corrupção que afetam diretamente a vida de milhões de cidadãos brasileiros.
Com informações da Agência Brasil