O uso de inteligência artificial no setor público brasileiro está prestes a dar um salto gigantesco! Nesta terça-feira, uma parceria crucial foi assinada entre o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD). Mas você deve estar se perguntando o que essa parceria significa para o cotidiano dos cidadãos. Vamos mergulhar nas novidades e entender como essa tecnologia poderá revolucionar o atendimento público no Brasil.
Esse acordo promete um investimento impressionante de R$ 390 milhões provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fndct), que será gerido pela Finep. O objetivo? Desenvolver plataformas de inteligência artificial generativa que integrará dados e facilitará a interação entre o cidadão e a administração pública.
O que muda no serviço público com a inteligência artificial?
Na prática, a introdução de ferramentas de inteligência artificial visa integrar grandes volumes de dados de plataformas sociais como o Cadastro Único, além de outros órgãos públicos de saúde e educação. Segundo Rogério Mascarenhas, secretário nacional de Governo Digital, o objetivo é personalizar os serviços, tornando-os mais próximos e eficazes.
“Desde o princípio, buscamos um trabalho de personalização, de foco na melhoria dos serviços”, destacou Mascarenhas, referindo-se à criação de plataformas que, com IA, qualifiquem, protejam e integrem informações. “O propósito é [disponibilizarmos] um governo para cada pessoa.”
Como será feita a segurança dos dados com IA?
O projeto, chamado de Inspire (Inteligência Artificial no Serviço Público com Inovação, Responsabilidade e Ética), é parte do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), que visa aplicar R$ 23 bilhões até 2028 em melhorias dos serviços públicos. O CPQD garantiu que as informações serão tratadas conforme a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e as diretrizes de governança, ética e soberania digital.
Paulo José Pereira Curado, diretor de Inovação e Empreendedorismo do CPQD, enfatizou a missão: “O propósito do CPQD é desenvolver tecnologias, buscando trazer cada vez mais soberania, progresso e bem-estar para a população.”
Como será a implementação desse novo projeto?
Para colocar o projeto em prática, o CPQD já está investindo em novas estruturas de processamento gráfico, em Campinas (SP), e na contratação de parceiros estratégicos. A expectativa é capacitar cerca de 200 profissionais para enfrentar este desafio inovador.
De acordo com Curado, “vamos mobilizar uma grande quantidade de profissionais – tanto os que o CPQD já tem, quanto os que vai desenvolver. Com isso, esperamos contribuir para que nosso país tenha cada vez mais serviços públicos alinhados com as necessidades da população.”
Com informações da Agência Brasil