Os números são alarmantes e não podem mais ser ignorados. Em 2024, cerca de 1.500 mulheres perderam suas vidas, vítimas de feminicídio no Brasil. Apenas nos primeiros seis meses deste ano, já somamos quase 720 casos. Neste cenário desolador, a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, ergue sua voz e clama por medidas drásticas e unificadas em todo o país para enfrentar essa terrível realidade. Mas como podemos romper com esse ciclo devastador de violência que atinge tantas mulheres?
Durante sua participação no programa "Bom Dia, Ministra" da EBC, Márcia Lopes expressou sua indignação diante dessa tragédia cotidiana que tira a vida de tantas mulheres simplesmente por serem mulheres. Ela apontou a banalização, o machismo e o domínio dos agressores como parte de um contexto histórico de violência que persiste e reforçou a necessidade urgente de novas abordagens para combater essa situação.
Quais são as medidas defendidas pela ministra para combater o feminicídio?
Para a ministra, enfrentar o feminicídio passa pela combinação de penas mais rigorosas e campanhas abrangentes de conscientização. Ela destaca a importância de inserir essa discussão nas escolas e fortalecer o diálogo para buscar soluções que efetivamente interrompam o ciclo de violência.
Como garantir a independência das mulheres e seus direitos?
Mencionando a questão da independência econômica e financeira, Márcia Lopes sublinhou a necessidade de respeitar e aplicar leis de igualdade salarial. Ela acredita que mais serviços e oportunidades para as mulheres resultam em um tempo livre que permite seu envolvimento na comunidade e na educação, formando uma base para a prevenção.
Qual o papel das políticas públicas no combate à violência contra mulheres?
Destacando a importância de iniciativas como a Casa da Mulher Brasileira e o Ligue 180, Márcia Lopes enfatizou que esses serviços são cruciais no enfrentamento à violência. O Ligue 180, em 2025, acolheu mais de 70 mil denúncias de mulheres vítimas de violência, mostrando ser um canal essencial e acessível 24 horas por dia, sem custos.
A luta contra o feminicídio e a violência de gênero exige um esforço coletivo e contínuo. Com a aplicação dessas medidas e o fortalecimento das políticas públicas, poderemos começar a construir um ambiente mais seguro e justo para todas as mulheres.
Com informações da Agência Brasil