A prisão de um dos principais fornecedores de insumos para falsificação de bebidas alcoólicas na zona norte de São Paulo abre mais um capítulo na luta contra a adulteração de bebidas. Você já parou para pensar de onde vem a bebida que consome? Em uma operação que levanta muitas questões sobre segurança e confiança, a Polícia Civil de São Paulo fez um grande avanço ao prender um suspeito envolvido na produção deste tipo de produto ilegal. Mas como chegamos aqui?
No âmbito do combate à falsificação de bebidas, investigadores da 1ª Delegacia de Investigações sobre Roubo e Furto de Veículos (Divecar) descobriram que o suspeito operava uma verdadeira cadeia de produção. Ele utilizava dois imóveis para o armazenamento e distribuição de componentes essenciais na falsificação de bebidas alcoólicas, como garrafas, tampas, rótulos, embalagens e até selos falsificados de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), todos com a intenção de que os produtos finais parecessem legítimos no mercado.
Como foi desvendado o esquema de falsificação de bebidas?
As investigações revelaram um sistema bem estruturado. O homem não apenas comercializava insumos, mas comandava uma rede que atuava em diferentes atos da falsificação de bebidas, como o preenchimento das garrafas e a colagem dos rótulos copiados. A polícia agora também investiga as gráficas e fabricantes de tampas envolvidas na produção desses materiais falsos.
O que isso significa para o consumo de bebidas alcoólicas em São Paulo?
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a atuação desse fornecedor impactava principalmente o interior paulista. Os falsificadores, com os itens do suspeito, conseguem ludibriar até os consumidores mais atentos, colocando em risco a saúde pública. Apenas este ano, foram contabilizados 102 casos de intoxicação por metanol no estado, com 11 confirmações e uma morte na capital, além de oito óbitos em investigação, incluindo em São Bernardo do Campo e Cajuru.
Qual é o impacto legal para os envolvidos?
O suspeito foi autuado por crimes contra a propriedade industrial e contra as relações de consumo. Até agora, dez estabelecimentos foram interditados durante fiscalizações e 30 pessoas já foram presas desde o início do ano por envolvimento em adulteração de bebidas. Isso evidencia como a segurança e legalidade são tomadas com seriedade pelas autoridades.
Como se proteger e identificar bebidas falsificadas?
O consumidor precisa estar atento às características visuais das bebidas que compra. Verifique rótulos inconsistentes, tampas ou garrafas que aparentem ter sido reabertos, e sempre desconfie de preços muito abaixo do mercado. Ao menor sinal de dúvida, evite a compra.
Com informações da Agência Brasil