A segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU), realizada no Brasil, promete uma redução na taxa de abstenção em comparação à edição passada. A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, destacou que o número menor de inscrições e vagas este ano atraiu um público mais específico e qualificado para a disputa dos postos de trabalho.
Com mais de 761 mil inscritos, a expectativa é que a participação proporcional seja maior. “Quase 600 mil pessoas dessas 761 mil acessaram o seu cartão de confirmação, portanto, olharam o seu local de prova", afirmou Esther. Isso sugere um comprometimento elevado entre os candidatos com a prova. Será que a menor quantidade de vagas tornou a competição mais acirrada este ano?
Por que o número de inscritos caiu nesta edição do CNU?
Durante uma visita a um centro universitário em Brasília, a ministra apontou que a redução no número de inscrições este ano pode ser atribuída a dois fatores principais: a diminuição do número de carreiras disponíveis e o fim da novidade do formato de concurso unificado.
Em sua primeira edição, o CNU trouxe uma novidade ao cenário dos concursos públicos brasileiros, já que, após mais de uma década, o país não tinha um concurso dessa magnitude. "O primeiro ano foi uma grande novidade... essa grande inscrição foi por conta de uma demanda reprimida", explicou a ministra, relatando que no ano inaugural o concurso conseguiu atrair pouco mais de 2 milhões de inscritos para 6.640 vagas disponíveis.
Quais são as estatísticas da abstenção nas edições do CNU?
A primeira edição do CNU contou com 2,1 milhões de inscrições, mas apenas 970.037 candidatos compareceram, resultando em uma taxa de abstenção de 54,12%. Tal percentual está dentro da média dos outros concursos realizados. Porém, em 2025, o CNU registrou 761.528 inscrições para 3.652 vagas em 32 órgãos federais. Caso o índice de comparecimento ao cartão de prova se mantenha, espera-se que a abstenção seja reduzida para cerca de 25%.
Como está a segurança do CNU 2025?
Em relação à segurança, a ministra procurou tranquilizar os candidatos, enfatizando que a recente operação da Polícia Federal desmantelou uma quadrilha envolvida em fraudes no CNU e outros concursos estaduais. “A operação é fruto da nossa segurança no primeiro concurso... mostrando que se alguém tentar algo, vai ser punido", assegurou Dweck.
Dentre os seis candidatos investigados pela Polícia Federal, três foram excluídos da segunda edição do concurso. No entanto, outros três ainda aguardam mais investigações para sua possível eliminação. "A gente não pode tirar ninguém sem provas absolutas", ressaltou a ministra.
Teremos uma nova edição do Enem dos Concursos em 2026?
Enquanto o CNU 2025 segue em andamento, a ministra já anunciou que não haverá uma nova edição do chamado "Enem dos Concursos" em 2026. A proposta de Orçamento para o próximo ano não prevê novas seleções, além de autorizações restritas para poucos órgãos públicos, priorizando a convocação dos candidatos excedentes que participaram das provas anteriores.
Com informações da Agência Brasil