Imagine, por um instante, viver em uma favela sem ter um CEP para chamar de seu. Essa realidade está prestes a mudar com a ação do governo federal, que decidiu acelerar a implementação do programa CEP para Todos, impactando mais de 12 mil favelas em todo o país. Originalmente lançado em novembro de 2024, o CEP para Todos tinha como meta garantir um código de endereçamento postal para cada favela brasileira até o final de 2026. Mas graças a uma decisão ágil, a meta será cumprida mais de um ano antes do esperado.
O anúncio dessa mudança crucial veio na quarta-feira (8), pelas mãos do ministro das Cidades, Jader Filho, durante o "Seminário da Moradia ao Território: reconhecendo as periferias brasileiras." A pergunta que paira no ar é: como essa decisão impactará a vida de milhões nas periferias brasileiras?
Qual a importância de um CEP nas favelas?
“Mais do que um número, ter CEP é possibilitar dignidade para as pessoas que estão nas periferias e que não tinham acesso ao básico, como levar seus filhos a um posto de saúde próximo de casa, por exemplo”, disse o ministro.
Com a implementação do CEP geral em cada uma das 12.348 favelas, o governo brasileira atinge a chamada Meta 1 do CEP para Todos. As implicações são gigantescas, abrangendo 16,3 milhões de pessoas em 656 cidades, que passam a ter um pouco mais de igualdade e facilidade no seu cotidiano.
Como está sendo feita a reparação histórica?
Guilherme Simões, secretário Nacional de Periferias, ressaltou que o governo busca reparar um erro que perdurou por mais de 500 anos, numa tentativa de garantir dignidade às comunidades através de ações inclusivas.
A segunda fase do projeto visa dar continuidade ao mapeamento detalhado de ruas, vielas e becos, assegurando CEPs específicos por logradouro.
O que esperar das próximas etapas?
O governo planeja inicialmente implementar CEPs nos 59 territórios associados ao Periferia Viva, que já recebem políticas públicas específicas do Ministério das Cidades. Estes territórios concentram mais de 300 favelas e comunidades.
“A última etapa será a de garantir atendimento físico (posto, agência) dos Correios para 100 favelas, a serem escolhidas de acordo com os aparelhos necessários para a implantação, espalhadas por todo o país”, explicou o ministério.
Com esses passos afinal, o sonho de muitos de ter um CEP poderá trazer mais que cartas e encomendas, mas também reconhimento e inclusão social.
Com informações da Agência Brasil