No coração do Rio de Janeiro e em vários pontos estratégicos, a polícia civil desmantelou uma operação criminosa ousada que se desenrolava há meses. Um grupo especializado executava furtos de transformadores de energia, pertencentes à Enel, uma das principais distribuidoras que atende milhões de usuários em 66 municípios fluminenses. Você deve estar se perguntando como é possível roubar algo assim, não é? Bem, esses criminosos conseguiram desviar mais de 700 transformadores, gerando um prejuízo estimado em R$ 800 mil.
No dia 14, as equipes da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) executaram mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Niterói e até em São Paulo. Durante a operação, foram encontrados e confiscados transformadores da Enel junto com documentos e mídias que prometem impulsionar as investigações. A série de crimes ocorreu majoritariamente aos sábados, período de menor movimentação nas dependências da concessionária, permitindo que a associação criminosa agisse com mais liberdade.
Como o esquema criminoso funcionava?
O plano era complexo e meticulosamente organizado. Os criminosos identificaram uma janela de oportunidade aos finais de semana, quando a presença de funcionários da Enel era mínima. Utilizando caminhões-carreta, os transformadores furtados eram levados para cidades em São Paulo, prontos para serem vendidos a preços que desafiavam qualquer concorrente justo.
Quem estava por trás do furto dos transformadores de energia?
De acordo com as apurações, o cérebro por trás dessa empreitada nada mais era do que um funcionário de confiança dentro da Enel. Ele, utilizando sua posição, liberava os equipamentos sem registro, coordenando tudo com um cúmplice que tratava das autorizações e intermediações com os receptadores. Este comparsa, por sua vez, organizava a logística e os pagamentos.
Quem são os envolvidos e como tudo foi descoberto?
Entre as figuras participantes, um motorista confessou ter transportado, regularmente desde 2023, os transformadores do depósito em Itaboraí até São Paulo. Dado o valor estratégico do depoimento, ele confirmou que os pagamentos eram feitos via transferência bancária, enquanto os transformadores eram revendidos a preços baixíssimos.
A Enel, baseando-se em suas próprias investigações que iniciaram em julho de 2024, agiu rapidamente ao perceber o envolvimento de um de seus colaboradores. Afastaram o indivíduo e prontamente envolveram a polícia para desmascarar toda a operação. Em comunicado oficial, a companhia afirmou estar inteiramente disponível para colaborar com as investigações, enfatizando seu compromisso em esclarecer a ilegalidade ocorrida.
Esta série de eventos nos deixa atentos à importância da vigilância e da confiança dentro de grandes corporações. Acesse aqui para mais detalhes sobre a atuação da Enel e as investigações decorrentes de seus processos de auditoria.
Com informações da Agência Brasil