A segurança pública de São Paulo vivenciou uma reviravolta nesta quinta-feira (16) com a operação policial, Conexões Ocultas, em Paraisópolis. Esta ação crucial visou desmantelar uma perigosa quadrilha que operava na região, especializada em crimes como roubo, latrocínio e receptação de itens valiosos, como celulares, alianças e motocicletas. No decorrer da operação, onze pessoas foram detidas, enquanto um envolvido foi morto ao resistir à prisão.
O destaque da operação veio à tona quando, durante a tentativa de prisão, um dos suspeitos, em um ato desesperado, disparou contra um policial. Esse confronto resultou na morte do indivíduo, como relatado pelo delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian. "Durante a ação, um dos indivíduos atentou contra a vida de um policial, disparando contra ele. E, como necessidade de repelir essa agressão injusta e neutralizar o indivíduo, ele veio a óbito. Esse fato está sendo apurado", destacou Dian. Felizmente, nenhum policial ficou ferido.

Quais foram os objetivos e desdobramentos da operação?
O ponto de partida para esta grande operação foi identificar não apenas os autores dos crimes, mas também os receptadores e suspeitos de fornecer armamentos, conforme explicado pelas autoridades. A Justiça paulista expediu 43 mandados de busca e apreensão e efetuou várias prisões significativas. A robustez das evidências coletadas permitiu a emissão de dezenas de mandados de prisão preventiva.
Segundo o delegado Artur Dian, as investigações remontam ao ano passado, focadas em esclarecer a tentativa de latrocínio de um oficial da Força Aérea Brasileira (FAB). Este caso específico levou ao desdobramento de uma investigação mais extensa, culminando na emissão de 36 mandados de prisão.
Por que a morte do delegado Josenildo foi crucial para a operação?
O falecimento de Josenildo Belarmino de Moura, um delegado inconformado, em janeiro deste ano, foi um dos principais motivadores da operação. Durante as investigações, descobriu-se que suspeitos já aprisionados haviam receptado celulares roubados associados aos mesmos criminosos. Este elo foi crucial para impulsionar as ações policiais.
Qual é o impacto das "conexões ocultas"?
Conforme elucidado por Ronaldo Sayeg, diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), a operação recebeu seu nome devido à complexidade da rede criminosa. "As conexões ocultas, nome dado para a operação, vão se revelando com as investigações. É uma grande corrente com vários elos. Nossa ideia é romper essa corrente para, assim, impedir esse ciclo criminoso", explicou Sayeg.
Sayeg também delineou o ciclo do crime, que começa com roubos, passa por facilitadores e resultadores que reinserem o produto no mercado. "Isso começa com a compra do ouro ou celular... Nossa ideia é romper esse elo, essa corrente", concluiu, destacando a necessidade urgente de desmantelar essas complexas teias de crimes.
>> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp
Com informações da Agência Brasil