Na última sexta-feira, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, um episódio chocante envolvendo um investigador da Polícia Civil de Minas Gerais chamou a atenção. Fernando Augusto Diniz, de 37 anos, foi preso em flagrante após abrir fogo com um fuzil em um canteiro de obras, ferindo três trabalhadores. Agora, a justiça decidiu colocá-lo em prisão domiciliar, utilizando tornozeleira eletrônica.
Essa decisão veio após uma audiência de custódia, onde o juiz Marco Paulo Calazans optou por converter a prisão em flagrante em regime domiciliar, atendendo a um pedido da defesa. Os advogados alegaram que Diniz sofre de uma condição médica que requer tratamento constante. Mas por que um incidente tão grave resultou em prisão domiciliar?
Quais foram os argumentos utilizados pela defesa?
A defesa de Fernando Diniz apresentou aos tribunais um diagnóstico no qual ele possui “uma pequena lesão expansiva intramedular, sugerindo glioma bem diferenciado”. Além disso, argumentou que o sistema prisional não oferece o suporte médico necessário, especialmente em situações de emergência, devido à falta de estrutura das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
O que motivou o ataque com o fuzil?
A origem do conflito pode estar em desentendimentos anteriores. O pai de Diniz havia registrado um boletim de ocorrência contra a empreiteira responsável pela obra, acusando-a de práticas irregulares. As investigações agora tentam esclarecer se essas tensões entre vizinhos motivaram a reação armada do policial.
Quem é Fernando Augusto Diniz?
Fernando Diniz não é apenas um investigador da Polícia Civil. Com 17 mil seguidores em redes sociais, ele se apresenta como criador de conteúdo digital e afirma ser formado em Direito, com especialização em segurança pública pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Além disso, ele é membro da Patrulha Unificada Metropolitana de Apoio (Puma) e usa seu perfil no Instagram para compartilhar versículos bíblicos.
Enquanto o caso se desenrola, permanece a questão: até que ponto questões pessoais e profissionais se sobrepõem no cumprimento da lei?
Com informações da Agência Brasil