Imagine acordar em uma manhã comum e se deparar com as principais vias da sua cidade paralisadas. Esse é o cenário no Rio de Janeiro, onde a Operação Contenção vem transformando a rotina de todos. Desde a madrugada, ações estão em curso nos Complexos do Alemão e da Penha, na zona norte da cidade, em uma tentativa de conter a violência gerada por grupos criminosos. Quer saber o que realmente está acontecendo e como isso pode afetar você?
A operação já resultou em 64 mortes, incluindo dois policiais civis e dois do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope). E não para por aí: já são mais de 100 presos, muitos ligados a uma facção criminosa do Pará, tentáculos dessa organização aqui no Rio. Durante essa operação de grande porte, foram apreendidos mais de 75 fuzis, pistolas e granadas. Consegue imaginar a tensão no ar?
Quais foram as estratégias dos criminosos nas vias da cidade?
Em uma tentativa de resistir à ofensiva da polícia, os criminosos ordenaram o fechamento de algumas das principais vias da cidade. A estratégica Linha Amarela, vital para a ligação entre Barra da Tijuca, Jacarepaguá e a Ilha do Governador, encontrou-se interditada. Similarmente, a Estrada Salazar Mendes de Morais ficou inacessível nos dois sentidos, bem como trechos da Avenida Brasil, pelo menos na pista lateral rumo ao centro da cidade.
Qual o impacto no transporte público?
O caos não se limitou só às estradas; os transportes públicos também sofreram. De acordo com a Rio-Ônibus, mais de 50 ônibus foram sequestrados e usados como barricadas, obstruindo ainda mais o tráfego urbano. Ruas em Jacarepaguá, como a Estrada do Gabinal e a Avenida Geremário Dantas, foram bloqueadas. Dada a ameaça vinda do Morro do Dezoito, a Polícia Militar decidiu fechar a via expressa para evitar ainda mais confrontos.
Como as universidades estão sendo afetadas?
Com toda essa tensão, instituições acadêmicas também foram obrigadas a suspender suas atividades. Tanto a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) quanto a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) cancelaram suas aulas. As atividades das unidades estaduais da Faetec seguiram o mesmo caminho, parando suas agendas por questões de segurança.
Esse cenário reflete um momento crítico na cidade, com suas ramificações sociais e econômicas se estendendo muito além das áreas diretamente envolvidas. Enquanto moradores e autoridades buscam uma solução para conter a situação, a apreensão continua a dominar o cotidiano da cidade maravilhosa.
Com informações da Agência Brasil