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BRASIL

Ministra promete perícia independente após reunião com famílias no Rio

Pensando nos trágicos acontecimentos recentes, a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, declarou sua firme oposição à operação policial nos Complexos da Penha e do Alemão, evento fatal que resultou em pelo menos 121 mortes. A promessa de uma períc

30/10/2025

30/10/2025

Pensando nos trágicos acontecimentos recentes, a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, declarou sua firme oposição à operação policial nos Complexos da Penha e do Alemão, evento fatal que resultou em pelo menos 121 mortes. A promessa de uma perícia independente para investigar as circunstâncias dos assassinatos demonstra a seriedade com que o governo pretende tratar o caso.

Em contraste, o governador Cláudio Castro se pronunciou, na quarta-feira (29), classificando a operação como um "sucesso". As divergências sublinham a complexidade e a tensão política em torno da operação, oficialmente nomeada Operação Contenção.

O que a perícia independente pode revelar?

Após uma reunião intensa com lideranças comunitárias e familiares das vítimas, Macaé Evaristo destacou a importância de uma perícia independente. "A demanda da comunidade por essa iniciativa foi clara", afirmou a ministra. A intenção é garantir um processo transparente, que possa dar voz às comunidades atingidas.

Quais são as implicações da operação policial?

Em uma ação ostensiva contra o tráfico de drogas e o Comando Vermelho, as forças policiais não apenas ceifaram vidas, mas também prenderam mais de 80 pessoas e apreenderam 118 armas. Contudo, a extrema letalidade provocou denúncias de direitos humanos. Evaristo não hesitou em rotular a operação como vergonhosa: "É inadmissível que uma missão contra o crime organizado abandone a inteligência em favor da força bruta."

Qual foi a posição de outras lideranças?

Outra voz contundente contra a operação foi a da ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, que sublinhou que nenhuma morte deveria ser aceitável. Junto a parlamentares, ambas participaram de reuniões na sede da Central Única de Favelas (Cufa), onde cerca de 80 corpos foram expostos pela própria comunidade em um grito silencioso por justiça.

Ministra promete perícia independente após reunião com famílias no Rio
Ministras dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, e da Igualdade Racial, Anielle Franco, durante reunião com representantes da comunidade e familiares das vítimas da Operação Contenção. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Como a comunidade será atendida após o ocorrido?

Durante o encontro, representantes comunitários solicitaram apoio psicológico, serviços públicos e opções de trabalho para os jovens locais. Em resposta, a ministra prometeu a formação de uma comissão emergencial, integrada por ministérios como o da Saúde, Educação e Assistência Social, dedicada ao atendimento das demandas urgentes apresentadas.

A comunidade não apenas expressou sua dor, mas também clamou por paz, educação, saúde e, especialmente, oportunidades de emprego decente para a juventude. Essa comissão promete ser um passo fundamental para começar a sanar os profundos impactos desse evento violento.



Com informações da Agência Brasil

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