Imaginar um futuro em que todos tenham as mesmas oportunidades de educação está se tornando realidade na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Na última quinta-feira, a instituição deu um passo significativo em direção à inclusão social ao aprovar uma política de cotas para pessoas trans em seus cursos de graduação e pós-graduação. Com essa iniciativa, 2% das vagas serão destinadas a este grupo, representando não apenas uma política de inclusão, mas uma ação de reconhecimento e reparação histórica.
A adoção dessas cotas pela UFRJ é um marco no cenário da educação superior no Brasil. Já são mais de 30 universidades federais no país, como a Universidade de Brasília e a Universidade Federal Fluminense, que oferecem cotas trans em seus cursos, uma tendência que vem ganhando força e apoiando a justiça social para uma comunidade que enfrenta inúmeros desafios para acessar a educação.
Por que a inclusão de cotas para pessoas trans é tão importante?
A presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Bruna Benevides, explica que “cotas trans são medidas de reparação e de justiça”. Elas não apenas simbolizam uma abertura para o acesso acadêmico, mas também uma profunda transformação na forma como avaliamos o mundo, desenvolvemos a ciência e construímos conhecimento. Para ela, tratar-se de reparar violências históricas e os obstáculos que a comunidade trans enfrenta, abrindo novas perspectivas de inclusão.
Quando as cotas trans começam a valer na UFRJ?
A nova política de cotas da UFRJ será implementada ainda este ano através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que utiliza as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para o acesso às universidades públicas. A expectativa é que os primeiros estudantes beneficiados por essa política iniciem seus estudos já no primeiro semestre de 2026.
Com informações da Agência Brasil