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BRASIL

Depoimentos à defensoria do RJ denunciam violações em megaoperação

Em meio a um cenário de tensão e desespero, as denúncias de violações de direitos humanos na operação realizada nos complexos do Alemão e Penha no Rio de Janeiro ganharam voz através dos relatos recolhidos pela Ouvidoria Geral da Defensoria Pública. Reali

03/11/2025

03/11/2025

Em meio a um cenário de tensão e desespero, as denúncias de violações de direitos humanos na operação realizada nos complexos do Alemão e Penha no Rio de Janeiro ganharam voz através dos relatos recolhidos pela Ouvidoria Geral da Defensoria Pública. Realizada na última terça-feira, esta ação é mais um capítulo controverso na abordagem da segurança pública na cidade. Relatos de familiares e mulheres revelam um cenário sombrio: pessoas inocentes foram mortas ou presas, e assédios cometidos por policiais marcam os depoimentos. Ficou curioso sobre o que aconteceu e quais são as implicações desta operação? Vamos mergulhar nos fatos.

O que realmente aconteceu durante a Operação Contenção? Famílias devastadas, escolas fechadas e os olhares incansáveis de policiais entrando em casas são algumas das cenas descritas pelos moradores. "Eles entraram aqui em casa e ficaram procurando algo ou alguém", relatou uma mulher. Em outro depoimento chocante, uma jovem de 23 anos contou: "Aí, ficaram me secando e dizendo que uma mulher bonita como eu merecia morar em um lugar melhor. Quando o com a toca ninja saiu, apertou o meu peito." O clima de medo se espalha entre aqueles que vivem na linha tênue entre a normalidade e a violência exacerbada.

Como a comunidade foi impactada?

As consequências da operação vão além dos números. De acordo com o relatório da Ouvidoria, houve fechamento de escolas, clínicas e equipamentos sociais, gerando impacto direto na vida dos moradores. Crianças sem aulas e idosos sem medicações necessárias são apenas a ponta do iceberg. "Os equipamentos públicos fechados geraram prejuízo à vida de inúmeras crianças e adolescentes,” destaca o documento. O que acontece quando o cotidiano de uma comunidade é interrompido por ações violentas?

Onde estão as maiores violações?

Ao escutar os depoimentos, emergem histórias incríveis de violações de direitos: documentos roubados, mulheres assediadas, denúncias de tortura, execuções e casas usadas para práticas criminosas. "Foi possível identificar que alguns corpos estavam com as mãos amarradas e muitos com tiros na cabeça e marcas de facadas", afirmam os ouvidores. Atos que tornam a busca por justiça ainda mais urgente e complexa.

Quais foram as medidas sugeridas?

A ouvidoria propõe uma série de ações para prevenir futuras tragédias. Entre elas, se destacam:

  • Implementação de câmeras nas fardas e viaturas para controle das polícias.
  • Maior independência nas perícias de casos de violência de Estado.
  • Investigação do comando operacional e político das operações.
  • Criação de serviços psicossociais para vítimas.
  • Rapidez na reparação às famílias afetadas.
  • Investimento em políticas públicas de garantia de direitos.

Seu papel neste cenário

A Agência Brasil procurou a Secretaria de Segurança Pública e outras autoridades. Até agora, apenas a Secretaria de Polícia Militar respondeu, afirmando sua colaboração com as investigações. A operação termina, mas as perguntas persistem: como reconstruir a confiança e a segurança em territórios tão impactados pela violência?

Para aqueles que vivem com seus sentimentos e experiências à flor da pele, cada relato é uma chamada à ação e ao compromisso com uma sociedade mais justa. Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp e fique por dentro das atualizações.



Com informações da Agência Brasil

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