O que está por trás dos estragos causados por tornados no Sul do Brasil?
Imagine um cenário de destruição, com ventos arrasadores e chuvas torrenciais que transformam paisagens em verdadeiros campos de batalha naturais. Foi exatamente isso que aconteceu na região Sul do Brasil, quando um tornado extratropical atingiu o Rio Grande do Sul na última sexta-feira (7). Com chuvas que chegaram a 177 milímetros e ventos atingindo até 95 km/h, o fenômeno causou estragos significativos em pelo menos dez municípios. A Defesa Civil do estado, em seus relatórios, destacou cidades gaúchas severamente afetadas, enquanto esforços de recuperação continuam em ritmo acelerado neste sábado (8).
No epicentro dessa crise, aproximadamente 200 mil residências encontram-se sem energia elétrica. A Equatorial Energia, responsável por um significativo terço do abastecimento energético do estado, concentra seus esforços no restabelecimento dos serviços, com prioridade para hospitais e unidades de abastecimento de água. O cenário é desafiador, mas a determinação em reverter a situação é inabalável.
Quais foram os principais impactos do tornado no Rio Grande do Sul?
A força dos ventos que varreu o estado causou diversos problemas: destevementos massivos em residências e prédios comerciais, obstrução de vias essenciais, queda de árvores que afetaram a mobilidade urbana e rompimento de cabos elétricos, intensificando o caos nas áreas urbanas. Cidades como Anta Gorda, Bom Retiro do Sul, Cidreira, Erechim e Relvado estão entre as mais atingidas. Em Frederico Westphalen, registrou-se o destelhamento estrutural de um pavilhão industrial e de um depósito de madeireira, destacando a severidade do evento atmosférico.
Como o governo está respondendo a esta crise?
O governador Eduardo Leite, em ação coordenada, mobilizou equipes para desobstruir estradas e alavancar iniciativas juntamente com prefeituras e companhias de energia, visando o mais rápido restabelecimento dos serviços essenciais. "Houve uma linha de instabilidade que passou pelo estado, já gerando muitos ventos e chuva intensa", relatou nas redes sociais, enfatizando que os planos de contingência foram devidamente ativados para mitigar os transtornos.
Quais regiões foram mais afetadas pela tempestade?
No epicentro das tormentas, a Norte do RS e a Grande Porto Alegre sofreram diretamente as consequências da natureza. Ilópolis, Anta Gorda, Dois Lajeadores e Arvorezinha registraram os maiores índices pluviométricos, enquanto Planalto, Canguçu, Passo Fundo e Tramandaí sofreram os ventos mais furiosos. Em Porto Alegre, o vendaval atingiu impressionantes 77 km/h, com chuvas de 28 mm, revelando a verdadeira força dos fenômenos climáticos sobre o estado.
Quais são os impactos regionais além do Rio Grande do Sul?
No cenário nacional, o estado do Paraná também enfrentou dura realidade. Em Rio Bonito do Iguaçu, um devastador tornado deixou seis mortos, atingiu 90% das residências e feriu cerca de 750 moradores. A tragédia levou o estado a declarar calamidade pública, reforçando a necessidade de atenção e resposta rápida diante dos desafios climáticos cada vez mais intensos.
Com informações da Agência Brasil