A conferência climática COP30 da ONU não apenas dominou as manchetes, mas trouxe consigo um pacote inovador de decisões nomeado Pacote Belém, composto por 29 importantes medidas. Essas decisões se concentram em tópicos cruciais como transição justa, financiamento para adaptação e discussões sobre a redução da dependência de combustíveis fósseis. Quer saber o que isso significa para o futuro do nosso planeta?
O acordo foi aceito por 195 partes e inclui 120 planos destinados a acelerar mudanças tangíveis em questões que variam de sistemas de energia a florestas e oceanos. Vamos dar uma olhada mais profunda no que cada decisão implica?
Como o financiamento para adaptação climática será abordado?
Uma das ações mais significativas do Pacote Belém é o compromisso de triplicar o financiamento para adaptação climática até 2035. Isso destaca a importância de que os países desenvolvidos aumentem significativamente seu apoio financeiro aos países em desenvolvimento em termos de adaptação ao clima.
Quais indicadores monitoram o progresso da adaptação?
O pacote trouxe indicadores para avaliar o progresso rumo à Meta Global de Adaptação, cobrindo áreas críticas como água, alimentação, saúde, ecossistemas e infraestrutura. O Plano de Ação de Gênero também é uma parte essencial, promovendo financiamento ao gênero e apoio à liderança de mulheres indígenas e afrodescendentes.
Como o fundo para florestas tropicais funcionará?
O recém-lançado Fundo Florestas Tropicais Para Sempre é um mecanismo revolucionário que recompensa países com florestas tropicais por sua conservação comprovada. Já em sua primeira fase, mobilizou mais de 6,7 bilhões de dólares de 63 países, garantindo uma base sólida de proteção florestal.
O que são as contribuições nacionalmente determinadas?
Durante a COP30, mais de cem países apresentaram suas Contribuições Nacionalmente Determinadas, compromissos que cada nação assume sob o Acordo de Paris para enfrentar as mudanças climáticas. As metas incluem reduções de emissões até 2035, marcando um passo vital para o multilateralismo climático.
Quais são os próximos passos para o Brasil e a COP?
A liderança da COP30 enfatizou que esses 12 dias de intensas negociações são apenas o começo. Sob a presidência do Brasil até novembro de 2026, a meta é fortalecer a discussão sobre a redução do uso de combustíveis fósseis e acelerar o combate ao desmatamento, além de ampliar os esforços para restaurar florestas.
O futuro das conferências climáticas também está definido. Enquanto a Turquia será a sede da COP31 em 2026, a Etiópia receberá a cúpula seguinte em 2027. Durante este período de transição, a Austrália liderará as complexas negociações entre os governos.
Com informações da Agência Brasil