O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade traz uma notícia bastante preocupante e que acende um alerta no manejo de espécies em extinção: 11 ararinhas-azuis diagnosticadas positivamente para circovírus. Essa doença, que é famosa por afetar psitacídeos como araras, papagaios e periquitos, é de origem australiana e, infelizmente, ainda não tem cura conhecida. Embora não apresente perigos para humanos, essa condição é considerada fatal em muitos casos para as aves.
Essas aves haviam sido resgatadas de uma situação de repatriação da Europa e tiveram sua liberdade devolvida em 2022. Mas como essas ararinhas-azuis contraíram circovírus? O Instituto, em uma ação conjunta com a Polícia Federal, descobriu que o criadouro responsável não estava seguindo as normas básicas de biossegurança. Problemas como limpeza inadequada e maus hábitos no uso de equipamentos de proteção pessoal resultaram em uma multa de cerca de R$ 1,8 milhão para a instituição.
O que é a doença do bico e das penas e por que ela é tão perigosa?
A doença do bico e das penas, causada pelo circovírus, é letal na maioria das vezes e representa um grande desafio para a conservação das espécies. A doença pode comprometer o organismo das aves, enfraquecendo-as até o ponto de não conseguir sobreviver. Com essas ararinhas-azuis, a preocupação é ainda maior, considerando que são espécies ameaçadas de extinção.
Como o vírus foi identificado nas ararinhas-azuis repatriadas?
Após as ararinhas-azuis serem resgatadas na Europa e soltas no Brasil, o Instituto Chico Mendes, durante uma vistoria rotineira, detectou o vírus. A parceria com a Polícia Federal ajudou a identificar as quebras de protocolo de biossegurança, essenciais para evitar a propagação desse tipo de agente patogênico entre aves em cativeiro e meio ambiente.
Quais as medidas adotadas após a descoberta da infecção?
Diante da grave situação, o criadouro recebeu uma multa significativa, e medidas de correção das falhas de biossegurança foram imediatas. O objetivo é não apenas evitar novos casos, mas também entender como essa situação fugiu ao controle.
*Com informações da Agência Brasil
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Com informações da Agência Brasil