Em um dia de tensões políticas, o mercado financeiro brasileiro apresentou movimentações significativas. O dólar comercial registrou alta e fechou a R$ 5,554, alcançando o maior valor em 15 dias. Enquanto isso, a bolsa de valores, através do índice Ibovespa, recuou, atingindo níveis não observados desde o início de junho.
Com a cotação do dólar abrindo em alta e atingindo R$ 5,57 ao meio-dia antes de se estabilizar, vimos uma influência direta das incertezas econômicas com as movimentações no Congresso. Na cena política, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, colocou em votação o projeto que pode derrubar o decreto que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), gerando reações no mercado.
Como o dólar oscilou neste cenário político?
A moeda norte-americana teve um dia agitado, alcançando R$ 5,554, maior nível desde 10 de junho. Contudo, vale ressaltar que, apesar dessa alta isolada, o dólar acumula uma queda de 2,87% apenas em junho e 10,11% ao longo de 2025. A oscilação da moeda reflete as incertezas políticas vigentes.
Quais foram as consequências para o índice Ibovespa?
Além do dólar, o mercado de ações também sentiu o impacto das movimentações políticas. O índice Ibovespa fechou aos 135.768 pontos, com uma queda de 1,02%, situando-se no menor nível desde o início de junho. Essa queda é resultado direto das preocupações financeiras diante da possível derrubada do decreto elevatório do IOF.
Por que o projeto de derrubada do decreto é tão relevante?
O projeto que está em votação tem potencial impacto fiscal massivo, podendo acarretar perda de arrecadação de R$ 7 bilhões a R$ 10 bilhões em 2025 para o governo, caso o decreto seja derrubado. Isso cria um cenário de incerteza significativo para o mercado.
Quais estratégias o governo pode adotar caso ocorra a perda de receita?
Diante da possível perda de receita, o governo federal tem algumas opções para equilibrar as finanças:
- Contingenciar temporariamente recursos do Orçamento.
- Passar uma medida provisória permitindo a venda de óleo de áreas adjacentes aos campos de Tupi, Mero e Atapu no pré-sal, com potencial de gerar R$ 20 bilhões.
- Receber dividendos extraordinários de empresas estatais.
A tomada dessas decisões será crucial para o governo cumprir as metas estabelecidas no arcabouço fiscal e manter a confiança dos investidores.
*Com informações da Reuters
Com informações da Agência Brasil