Os títulos do Tesouro Direto nunca estiveram tão populares entre o público brasileiro. Em maio, as vendas de títulos públicos a pessoas físicas, feitas pela internet, atingiram um recorde, influenciadas principalmente pelo vencimento de títulos corrigidos pela Selic. No total, R$ 6,86 bilhões em papéis foram vendidos, conforme anunciado pelo Tesouro Nacional. Embora esse número represente uma leve queda de 3,28% em relação a abril, é um expressivo aumento de 35,03% na comparação com maio de 2024. Então, como o mercado de títulos tem se comportado diante desse cenário?
Por que os juros básicos atraem tanto interesse?
Os papéis atrelados aos juros básicos lideraram a preferência dos investidores em setembro, representando 53% das vendas totais. A inflação também é um fator importante, visto que os títulos corrigidos pelo IPCA somaram 26,8% das vendas, enquanto os prefixados alcançaram 11,8%. A mudança na taxa Selic, de 10,5% para 15% ao ano, explica o crescente interesse por esses títulos.
O que torna esses papéis atrativos?
Os papéis vinculados não apenas aos juros, mas também à expectativa de inflação, continuam atraentes aos investidores. O movimento é resultado da alta inflação esperada para os próximos meses. Isso, combinado com a correção pelos juros, fez com que o estoque total do Tesouro Direto chegasse a R$ 176,112 bilhões no final de maio, uma elevação de 3,1% em relação ao mês anterior.
Quem são os investidores e como atuam?
O número de novos investidores aumentou significativamente: em maio, 291.472 novos participantes ingressaram no programa, totalizando 32.494.855 investidores registrados. Estes números refletem uma alta de 13,4% nos últimos 12 meses. A participação de pequenos investidores é notável: 79,3% das vendas aconteceram em transações de até R$ 5 mil, com um destaque especial para as operações até R$ 1 mil, representando 56,6% do total. Também merece atenção o fato de que 41,3% dos títulos vendidos são de curto prazo, até cinco anos.
Como o Tesouro Direto capta recursos?
Lançado em janeiro de 2002, o Tesouro Direto foi criado para facilitar o acesso de pessoas físicas aos títulos públicos, permitindo a compra direta do Tesouro Nacional via internet, eliminando intermediários financeiros. Os investidores devem pagar uma taxa à B3, que é descontada nas movimentações.
A venda de títulos se apresenta como uma maneira eficaz para o governo captar recursos, essenciais para o pagamento de dívidas e outras obrigações. Existem diferentes modalidades de títulos, com rendimentos que podem estar atrelados à Selic, à inflação, ao câmbio ou a uma taxa prefixada. Para detalhes mais aprofundados, navegue pelo site do Tesouro Direto.
Com informações da Agência Brasil