Pela primeira vez desde 2016, o Brasil encerrou sua participação na etapa caseira do Circuito Mundial de Surf, a conhecida Liga Mundial de Surf (WSL), sem lograr títulos. Este evento, realizado em Saquarema, coração da Região dos Lagos no Rio de Janeiro, coroou a australiana Molly Picklum e o americano Cole Houshmand como campeões no último domingo, 29.
Mas nem tudo foi desolação para o surfe brasileiro: Luana Silva, uma jovem de 21 anos, brilhou ao superar três campeãs mundiais e alcançar a final. Luana nasceu e cresceu no Havaí, mas traz no coração o Brasil, e nesta temporada, já havia conquistado o vice-campeonato em Beach Bells, na Austrália.
Como Luana Silva surpreendeu o mundo do surfe?
Luana, apesar de enfrentar adversárias de peso, mostrou ser destemida. Derrotou Caitlin Simmers, a atual campeã mundial, em uma acirrada repescagem. Seguiu firme para eliminar a australiana Tyler Wright nas quartas de final e Caroline Marks, outra americana de renome, na semifinal. Na finalíssima, embora não tenha superado Picklum, que venceu por 15.00 contra 9.23, Luana igualou seu melhor desempenho no circuito.
O legado feminino na história do surfe brasileiro: Luana e além
O desafio agora é engrandecer uma história feminina já marcante no surfe brasileiro. Em busca de repetir o feito de Andréa Lopes, única brasileira a vencer uma etapa do circuito no Brasil, o foco de Luana é o top 5 final da temporada. Hoje, ela ocupa a nona posição com 35.530 pontos e, restando apenas duas etapas na África do Sul e no Taiti, a luta por Fiji continua acirrada.
A trajetória dos homens brasileiros em Saquarema: o que aconteceu com a sequência vitoriosa?
Desde que Saquarema acolheu a etapa brasileira, os homens da casa têm dominado. Entre os campeões, nomes como Filipe Toledo, Adriano de Souza, Yago Dora e Italo Ferreira brilharam. Contudo, este ano, Miguel Pupo caiu nas semifinais diante de Cole Houshmand, em uma disputa acirrada decidida por apenas 1.23 pontos. Houshmand, por sua vez, manteve o ritmo e venceu Griffin Colapinto na final, quebrando o jejum de estrangeiros desde 2016.
O que esperar da próxima etapa: surfe nos ventos de Jeffreys Bay
Com olhos no futuro, o campeonato segue para Jeffreys Bay, na África do Sul, entre 11 e 20 de julho. No masculino, a expectativa está em Yago Dora e Italo Ferreira, atualmente classificados para as finais. E, no feminino, a aventura de Luana Silva por um feito inédito continua. O líder geral é o sul-africano Jordy Smith, detentor de 44.195 pontos, trazendo uma dose extra de emoção aos embates que se aproximam.
Com informações da Agência Brasil
