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Mundo

Especialistas dizem que ataque ao Irã vai além das bombas atômicas

A questão das bombas atômicas do Irã tem sido utilizada como justificativa para possíveis ataques americanos e israelenses, mas os especialistas defendem que essa não é a verdadeira razão por trás dessas ações. Uma das principais motivações seria a tentat

25/06/2025

25/06/2025

A questão das bombas atômicas do Irã tem sido utilizada como justificativa para possíveis ataques americanos e israelenses, mas os especialistas defendem que essa não é a verdadeira razão por trás dessas ações. Uma das principais motivações seria a tentativa de manter a hegemonia militar de Israel sobre seus vizinhos no Oriente Médio, criando um cenário tenso e complexo na região.

O professor de Relações Internacionais, Robson Valdez, do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa, interpreta que Israel recorre à alegação de risco à sua existência para justificar seus ataques, principalmente agora que volta suas atenções para o Irã. "Essa fragilidade do Irã contribui para reforçar a superioridade tecnológica militar de Israel na região", afirma Valdez, indicando um cenário geopolítico intricado. Enquanto isso, os Estados Unidos procuram preservar sua influência no Golfo Pérsico em meio ao crescente alinhamento entre China, Rússia e Irã.

Como Netanyahu está moldando o Oriente Médio?

De acordo com o antropólogo Michel Gherman, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu explora politicamente os conflitos com o Irã, Hamas e Hezbollah. Ele busca criar a percepção de que está reconfigurando o Oriente Médio por meio de ações como a "limpeza étnica" do Hamas e reivindicações sobre mudanças de regime na Síria.

É real a ameaça de bombas nucleares do Irã?

Apesar de muitas acusações, até agora não há evidências públicas confirmando a existência de bombas nucleares no Irã. Gherman alerta que, ao invés de eliminar a ameaça nuclear, os ataques podem acelerar o avanço nuclear iraniano. "A bomba atômica existe como distração, indicando que seria a única forma de proteção", observa ele, destacando o efeito contrário que estes conflitos podem promover.

Por que o Irã defende os direitos dos palestinos?

Segundo a professora de História Contemporânea, Beatriz Bissio, da UFRJ, o Irã se torna alvo de Israel porque apóia o direito dos palestinos à terra, respaldando-se no direito internacional. "O Irã apoia grupos que resistem à ocupação ilegal de Israel em terras que, legalmente, pertencem a um não proclamado Estado Palestino", explica Bissio, inspirando-se em contextos históricos africanos similares.

Como o Conselho de Segurança da ONU atua em meio a interesses opostos?

Com os interesses de Estados Unidos, China e Rússia em jogo, o Conselho de Segurança da ONU parece de mãos atadas, mas as discussões continuam importantes, conforme a professora Carolina Pavese, do Instituto Mauá de Tecnologia, detalha: "Isso cria um canal paralelo de negociação que avalia a legalidade dessas atividades, conferindo um peso moral essencial à diplomacia".

Apesar da tensão, acredita-se que russos e chineses não intervirão diretamente no conflito, embora mantenham apoio político nas discussões internacionais.



Com informações da Agência Brasil

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