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Mundo

Guerra entre Irã e Israel deve entrar na pauta da Cúpula dos Brics

A guerra entre Irã e Israel está prestes a se tornar um tema central na reunião da Cúpula dos Brics. O Irã, que recentemente se tornou membro deste bloco em janeiro de 2024, leva consigo interesses de seus aliados próximos, Rússia e China. Mas onde o Bras

25/06/2025

25/06/2025

A guerra entre Irã e Israel está prestes a se tornar um tema central na reunião da Cúpula dos Brics. O Irã, que recentemente se tornou membro deste bloco em janeiro de 2024, leva consigo interesses de seus aliados próximos, Rússia e China. Mas onde o Brasil se encaixa nisso tudo, especialmente sendo o atual presidente do grupo? É o que analisaremos, trazendo também opiniões de especialistas no assunto.

Mesmo distante geograficamente do conflito, o Brasil inevitavelmente tem uma posição a tomar. Beatriz Bissio, professora de História Contemporânea e Política Internacional da UFRJ, acredita firmemente nisso. Ela destaca a importância do Brasil no diálogo sobre paz e guerra, acreditando que a questão do Irã e a situação Palestina ganhem destaque na agenda dos Brics.

"O tema da paz e da guerra, sem dúvida, estará lá, e aí o Brasil vai ter uma palavra a dizer, e eu estou certa de que esse tema que estamos analisando aqui, da agressão ao Irã e, em última instância, a questão Palestina, serão objeto da reunião dos Brics."

Qual o impacto da entrada do Irã nos Brics?

A inclusão do Irã no bloco Brics em 2024 reflete uma nova dinâmica geopolítica. Para Carolina Pavese, professora de Relações Internacionais no Instituto Mauá de Tecnologia, essa participação indica que o Irã não está mais isolado. Ela pondera que, embora o bloco ainda não tenha uma agenda de segurança clara, é cedo para antecipar os posicionamentos dos países não envolvidos diretamente no conflito.

"O que a gente tem até agora de indicativo do Brasil é a repetição de um discurso que o Brasil aplica em todos os conflitos, que é pela defesa da autodeterminação dos povos, da soberania, pelo direito internacional, pelo valor da diplomacia, se colocando contra conflitos. Muito provavelmente vai ser esse o tom do discurso do governo brasileiro."

Os Brics estão divididos internamente?

Robson Valdez, professor de Relações Internacionais do IDP, aponta que, dentro dos Brics, existem interesses opostos em relação a esse conflito. A China e a Rússia, por exemplo, têm mostrado apoio político e econômico ao Irã. Em contrapartida, Brasil, Índia e África do Sul podem adotar uma postura mais cautelosa para evitar que o grupo seja percebido como anti-ocidental.

"Porque há interesses divergentes entre os membros dos Brics, diante principalmente de um cenário tão complexo como este, que é uma guerra aberta envolvendo Estados Unidos, Irã e Israel. Então, o Brics corre o risco de se tornar refém das tensões entre seus membros mais belicosos e mais pragmáticos."

Quais são os riscos para o Brics?

Nesta terça-feira (24), os Brics publicaram uma nota sobre os riscos da escalada do conflito no Oriente Médio para a paz e segurança internacionais. O comunicado enfatiza a necessidade de diálogo e diplomacia como caminhos para uma solução pacífica. Isso coloca uma pressão adicional sobre o bloco, que busca evitar divisões internas e uma imagem externa de desunião.

O que esperar da reunião no Brasil?

A reunião da Cúpula dos Brics está programada para ocorrer nos dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro. Este encontro promete ser um momento crucial para os países membros definirem suas posições e articularem suas estratégias em meio a este complexo cenário global.



Com informações da Agência Brasil

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