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Mundo

Iranianos saem abalados e israelenses mais agressivos, diz professor

Sabe aquele baque que deixa uma sociedade toda em choque? É exatamente assim que a população iraniana se sente após o recente conflito no Oriente Médio. Por outro lado, os israelenses parecem ter saído ainda mais convictos de que a resposta está na força

26/06/2025

26/06/2025

Sabe aquele baque que deixa uma sociedade toda em choque? É exatamente assim que a população iraniana se sente após o recente conflito no Oriente Médio. Por outro lado, os israelenses parecem ter saído ainda mais convictos de que a resposta está na força militar. Essa divergência de percepções escancara a complexidade da região.

Paulo Hilu, antropólogo e coordenador do Núcleo de Estudos do Oriente Médio da Universidade Federal Fluminense (UFF), comentou que, enquanto a sociedade israelense acredita ainda mais no militarismo, o povo iraniano enfrenta um trauma coletivo. "A sociedade iraniana claramente está em choque", afirmou ele, referindo-se aos danos sofridos com ataques que afetaram todo o país.

Iranianos saem abalados e israelenses mais agressivos, diz professor
O antropólogo Paulo Hilu, coordenador do Núcleo de Estudos do Oriente Médio da Universidade Federal Fluminense (UFF). Foto: Paulo Hilo/Arquivo Pessoal

Como a oposição iraniana vê o cenário político?

Mesmo aqueles que se opõem ao regime dos aiatolás, Hilu continuou, não enxergam a guerra como um caminho para a mudança. "Eles não querem o caos absoluto", ressaltou o antropólogo, defendendo que as transformações no Irã precisam ser conduzidas por vias internas e políticas, não pela força.

O que o futuro reserva para o governo iraniano?

Hilu pontua que, apesar da oposição e das pressões por reformas, o regime do Irã ainda conta com apoio em certos setores. "É uma sociedade muito sofisticada", diz, lembrando que o poder no país é dividido em uma estrutura complexa, herança da Revolução Islâmica de 1979.

Por que Israel aposta na força militar?

Por outro lado, para Israel, a guerra reforçou a crença no expansionismo militar como solução regional. "Uma sociedade que está numa espiral de radicalização", alerta Hilu, citando pesquisas que revelam o apoio majoritário da população à limpeza étnica em Gaza.

Qual o papel dos Estados Unidos no conflito?

A superioridade militar de Israel, segundo o especialista da UFF, foi demonstrada de forma contundente. Essa força levou a perdas significativas no lado iraniano e impactou até mesmo a política dos Estados Unidos. Hilu destaca que a capacidade de Israel em envolver o presidente americano em um conflito, mesmo contra suas naturais posturas isolacionistas, é um exemplo do poder da pressão de grupos pró-Israel.



Com informações da Agência Brasil

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