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Mundo

Especialistas defendem que Brics devem se unir para avançar em IA

A China, um dos membros mais influentes do Brics, se destaca mais uma vez ao defender a união entre os países do bloco para avançar em inteligência artificial (IA) e energia sustentável. Recentemente, o país surpreendeu o mundo ao lançar o DeepSeek, um mo

03/07/2025

03/07/2025

A China, um dos membros mais influentes do Brics, se destaca mais uma vez ao defender a união entre os países do bloco para avançar em inteligência artificial (IA) e energia sustentável. Recentemente, o país surpreendeu o mundo ao lançar o DeepSeek, um modelo de IA que ultrapassou o popular ChatGPT da Open AI em termos de acessos. O grande objetivo da China é tornar-se líder global em IA até 2030. Mas como essa cooperação entre o Brics pode transformar o cenário global? Descubra a seguir.

Desde o início do ano, os olhos do mundo estão voltados para as inovações tecnológicas da China. Com o lançamento do DeepSeek, que conseguiu atrair mais usuários do que o ChatGPT, a China reafirma seu compromisso em liderar a corrida da inteligência artificial. A estratégia é clara: até 2030, o país quer dominar completamente o mercado global nessa área. Mas de que forma isso impacta os outros membros do Brics? Vamos explorar isso em mais detalhes.

Por que o Brics é essencial para o avanço da IA e energias sustentáveis?

O professor Xiao Youdan, da Academia Chinesa de Ciências, destaca a importância da cooperação entre os países do Sul global. Segundo ele, é vital investir em parcerias e transferência de tecnologia para alavancar o desenvolvimento econômico e tecnológico dessas nações. "Precisamos trocar ideias e cooperar, para que ferramentas tecnológicas possam ser usadas de maneira mais abrangente", afirma Youdan.

No seminário "Diálogo Brasil-China sobre os Brics e Cooperação Global em Finanças, IA e Transição Verde", realizado em parceria entre a PUC-Rio e o Beijing Club for International Dialogue, essa ideia foi amplamente discutida. A importância de diminuir o abismo digital entre nações foi reiterada por Zhao Hai, do Instituto Nacional de Estratégia Global. Sem essa união, o risco é o aumento da desigualdade digital entre os países.

Como superar os desafios da desigualdade digital no Brics?

Representando a África do Sul no seminário, Thelela Ngcetane-Vika chamou atenção para as disparidades existentes. As questões de exclusão digital são significativas, especialmente na África, onde muitas comunidades ainda não têm acesso básico à tecnologia. "A ausência de igualdade de condições é um problema grave", ela pontua, destacando a importância de recursos e infraestrutura adequados para assegurar uma transformação tecnológica justa.

Qual o papel do Brics na transição para energia sustentável?

A transição energética também foi tema central no seminário. A troca gradual dos combustíveis fósseis por fontes mais limpas é crucial para combater o aquecimento global. Maria Elena Rodriguez, professora da PUC-Rio, lembrou que os países do Brics têm um papel fundamental nesse processo, apesar de suas diferenças nos tipos de energia utilizados. Dados mostram que esses países são responsáveis por uma parcela significativa do consumo global de combustível fóssil, mas também têm grande potencial para renováveis.

Rodriguez enfatiza a necessidade de uma perspectiva que considere as particularidades de cada nação. "Uma transição justa precisa reconhecer as questões históricas, econômicas e geopolíticas", afirma, destacando o valor de uma política de cooperação concreta no âmbito do Brics.

Como a cooperação entre países pode acontecer?

Para Tang Xiaoyang, da Universidade de Tsinghua, a cooperação internacional é vital, não apenas entre países do hemisfério Sul, mas também com economias avançadas como Europa e Estados Unidos. Ele sugere que uma abordagem colaborativa no comércio e investimento poderia beneficiar todos. "A cooperação econômica não é apenas uma questão de ajuda, mas um negócio vantajoso para todas as partes", diz Tang.

O que é o Brics e qual sua importância global?

O Brics é formado por 11 membros permanentes, incluindo potências como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além de outros países parceiros. Com a 17ª Reunião de Cúpula marcada para acontecer no Rio de Janeiro, a expectativa é que discussões sobre IA e energia sustentável tornem-se cada vez mais presentes, estimulando a cooperação entre membros e fortalecendo o bloco como uma frente de desenvolvimento global.



Com informações da Agência Brasil

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