28° 24° | Rio de Janeiro - RJ

Dólar | 5.30

seta de subida seta de descida

Euro | 1.52

seta de subida seta de descida

Peso | 3.20

seta de subida seta de descida

lupa
lupa
lupa
Mundo

Big techs são parte da máquina de guerra dos EUA, alerta pesquisador

Em junho deste ano, o Exército dos Estados Unidos revelou uma medida ousada: nomeou executivos de gigantes da tecnologia como Meta, OpenAI e Palantir como tenentes-coronéis do Destacamento 201, recém-criado para liderar a revolução tecnológica dentro das

17/09/2025

17/09/2025

Em junho deste ano, o Exército dos Estados Unidos revelou uma medida ousada: nomeou executivos de gigantes da tecnologia como Meta, OpenAI e Palantir como tenentes-coronéis do Destacamento 201, recém-criado para liderar a revolução tecnológica dentro das forças armadas.

A nomeação desses líderes é apenas o início de uma missão maior, cujo objetivo é inspirar mais profissionais de tecnologia a servir sem comprometer suas carreiras, inspirando futuras gerações a fazerem a diferença ao vestir o uniforme. Essa é a visão apresentada pelo Exército norte-americano.

Por que o uso da IA nas Forças Armadas gera preocupação?

No mês passado, o sociológo Sérgio Amadeu da Silveira, em seu livro intitulado As big techs e a guerra total: o complexo militar-industrial-dataficado, fez revelações preocupantes. Amadeu denuncia o uso da Inteligência Artificial (IA) pelas Forças Armadas dos EUA em colaboração com gigantes tecnológicas como Google, Amazon e Microsoft. Segundo ele, trata-se de um complexo militar-industrial onde a IA é usada para atingir alvos em lugares como a Faixa de Gaza.

As big techs são máquinas geopolíticas. A tecnologia transcende seu papel de meio para se atingir fins; é um dos principais instrumentos do poder político, econômico e militar global”, explica Sérgio Amadeu à Agência Brasil.

Big techs são parte da máquina de guerra dos EUA, alerta pesquisador

Quais são as implicações dos jantares na Casa Branca?

No início de setembro, um jantar na Casa Branca trouxe à mesa líderes das maiores empresas tecnológicas, incluindo Meta, Apple, Microsoft e OpenAI, com o objetivo de estreitar laços com o governo de Donald Trump. "Obrigado pela sua incrível liderança, incluindo reunir esse grupo," teria dito o bilionário Bill Gates ao presidente Trump.

Brasil e a dependência em tecnologia estrangeira: quais os riscos?

Em termos de soberania, o cenário nacional também é preocupante. O Brasil deu um passo importante com o lançamento da Nuvem Soberana para proteger seus dados públicos em infraestrutura própria. No entanto, Sérgio Amadeu alerta que isso ainda não basta para se livrar das políticas expansionistas internacionais.

Big techs e a guerra: qual é o papel delas?

As big techs, originalmente voltadas para redes sociais e buscas, tornaram-se verdadeiros oligopólios participando ativamente de guerras. Elas oferecem desde serviços de nuvem até desenvolvimento de IA para uso em combate, integrando o chamado complexo militar-industrial-dataficado dos EUA.

Big techs são parte da máquina de guerra dos EUA, alerta pesquisador

Qual o impacto do uso de IA em zonas de conflito?

A tecnologia é usada intensamente em conflitos, como na Faixa de Gaza, para mapear populações civis e identificar alvos. Isso levanta questões éticas sobre as digital footprints (marca digital) usadas para atacar supostos militantes fora das áreas de combate.

Como o Brasil pode alcançar a soberania digital?

Para o sociólogo, nenhuma nação pode alcançar soberania plena sem dominar a tecnologia que manipula. Ele defende o desenvolvimento de soluções autônomas, digitais e sustentáveis, responsáveis por armazenar e proteger os dados nacionais.

Essas considerações nos obrigam a refletir sobre o papel das big techs no poderio global, destacando a necessidade urgente de políticas públicas que protejam os dados brasileiros e incentivem o crescimento de uma infraestrutura própria. Fazer parte dessa conversa é entender como o Brasil pode avançar rumo à soberania digital e se proteger das influências externas cada vez mais prevalentes no mundo globalizado.



Com informações da Agência Brasil

Tags