Um novo ato de solidariedade foi registrado no centro de São Paulo. Manifestantes lotaram as ruas para demonstrar apoio aos ativistas pró-palestina detidos por Israel. O bloqueio naval imposto à Faixa de Gaza tem sido alvo de críticas internacionais, mas foi no coração paulistano que as vozes se uniram contra as ações da marinha israelense. O apelo pela segurança dos onze brasileiros, entre centenas de outros ativistas presos, ecoou com força. A manifestação também clamou por uma postura mais contundente do governo brasileiro.
Ziad Saifi, comerciante de origem libanesa, destacou, "o principal motivo de a gente estar aqui hoje é pela luta pela liberdade e pelo fim do genocídio que acontece na Palestina." A frase ressoou entre os presentes, ao levar questões de preconceito e perseguição ao cenário internacional. O grupo, reunido na Avenida Paulista, marchou até a Praça Roosevelt, compondo um quadro diverso e politicamente engajado. Com partidos políticos, sindicatos e organizações estudantis unidos, a demanda era clara: mais ação diplomática por parte do governo brasileiro.
Qual a posição do governo brasileiro?
Durante o protesto em São Paulo, vozes como a de Bernardo Cerdeira, jornalista, pediram que o governo de Lula rompesse relações com Israel. "É um absurdo que o governo brasileiro continue exportando petróleo e aço", afirmou. Foi um clamor por uma política externa mais decisiva em face das ações israelenses, vistas como genocidas por muitos dos presentes.
Quem são os manifestantes?
O ato integrou pessoas de distintas origens, todas unidas por um objetivo comum: o apoio à Palestina. Testemunhamos partidos, sindicatos, e grupos estudantis, compondo uma força de resistência contra o "apartheid" e considerações neocolonialistas atribuídas a Israel. A memória de Yasser Arafat foi trazida à tona como símbolo de uma luta contínua pela paz.
O que se sabe sobre a Flotilha Global Sumud?
A Flotilha reuniu 50 navios e 461 ativistas, buscando aliviar o bloqueio em Gaza com remédios e alimentos. No entanto, todos foram interceptados ainda fora das águas territoriais israelenses. As autoridades acusam Israel de agir de forma violenta e acusam o governo de violar o direito internacional.
Qual é a situação dos brasileiros detidos?
Com mais de 400 ativistas presos, onze são brasileiros. Itamaraty destacou a ilegalidade das detenções e a violação dos direitos de navegação internacional. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil cobrou a libertação dos brasileiros e a responsabilização de Israel por quaisquer atos violentos, assegurando a integridade física durante a detenção.
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Os protestos refletem uma crescente inquietação no Brasil e no mundo em relação às políticas de Israel, pedindo por mais diálogo e por uma solução pacífica e justa para o conflito na região.
Com informações da Agência Brasil