Numa tentativa ousada de enfrentar a crescente onda de violência, o governo do Peru não poupou esforços e declarou estado de emergência em sua capital, Lima. Anunciado pelo presidente interino, José Jerí, esse movimento estratégico visa combater a criminalidade de forma mais incisiva e está previsto para durar inicialmente 30 dias. Em seu pronunciamento na noite de terça-feira (21), Jerí frisou a importância de agir em vez de apenas falar, evidenciando a seriedade das medidas tomadas.
Mas o que realmente significa esse estado de emergência para o povo peruano e quais serão os seus impactos? Com a Polícia Nacional assumindo o comando da segurança interna, o apoio das Forças Armadas será crucial para a execução de operações intensivas em áreas críticas da cidade. Você está curioso para saber como o governo planeja restabelecer a ordem? Continue lendo para entender as etapas dessa operação audaciosa.
Como o estado de emergência transformará a segurança em Lima?
Com o decreto de estado de emergência, uma nova estrutura de comando temporário será estabelecida, fortalecendo a fiscalização de documentos de pessoas e veículos. As identidades serão revisadas minuciosamente para captura de pessoas com mandados pendentes, e imóveis poderão ser abertos à força quando necessário. O governo também reforçará o controle migratório de estrangeiros e permitirá o confisco de armas e munições. Curiosamente, note que duas pessoas adultas não poderão mais se deslocar juntas na mesma moto.
Quais direitos são restringidos pelo decreto?
A medida não é apenas administrativa, ela toca as liberdades individuais. O decreto restringe direitos fundamentais como a liberdade e a segurança pessoal, e anula a inviolabilidade de domicílio e a liberdade de reunião e deslocamento. Atividades públicas só poderão ser realizadas com autorização prévia das autoridades, embora não haja menção a um toque de recolher.
Qual o cenário político atual no Peru?
Para entender o contexto dessas medidas, é essencial saber que José Jerí assumiu o posto de presidente interino num período conturbado, após o impeachment de Dina Boluarte. Desde 2016, o Peru já viu sete presidentes serem afastados ou renunciarem, destacando a instabilidade política do país. As próximas eleições estão marcadas para abril de 2026, mas será que a estabilidade será alcançada até lá?
Com informações da Agência Brasil
