A Comissão Europeia anunciou recentemente, em 4 de outubro, que a União Europeia pode estar de portas abertas para novos membros já em 2030. Montenegro, Albânia, Ucrânia e Moldávia foram reconhecidos por seus progressos em reformas fundamentais para a adesão ao bloco, prometendo um futuro promissor para essas nações.
Por outro lado, a Sérvia recebeu críticas por atrasos em suas reformas, enquanto a Geórgia foi acusada de expressivo retrocesso democrático. Estas nações têm, portanto, desafios significativos a enfrentar. Neste contexto, expressões de insatisfação e acusações entre os governos e a UE têm moldado um cenário político complexo e dinâmico.
Quais países estão liderando o caminho para a adesão à União Europeia?
Em sua recente avaliação, a comissária da UE, Marta Kos, destacou o notável avanço de Montenegro nas reformas necessárias. Este país balcânico, com uma modesta população de cerca de 600 mil pessoas, está na vanguarda dos esforços de adesão.
Também elogiada, a Albânia foi reconhecida por um "progresso sem precedentes" em direção à adesão, enquanto a vizinha Moldávia fez avanços rápidos apesar de enfrentar pressões internacionais. Estas nações refletem um comprometimento sério com o futuro no bloco europeu.
Particularmente desafiada pela invasão russa, a Ucrânia tem mostrado determinação para continuar seu processo de adesão e avançar em reformas cruciais, como destacou Kos. Segundo a comissária, a manutenção desse progresso, especialmente no combate à corrupção, é vital para evitar retrocessos.
O que está impedindo a Geórgia de entrar no bloco?
A Geórgia, porém, recebeu duras críticas por seus retrocessos democráticos, acusada de minar princípios fundamentais, como o estado de direito. Situações politicamente tensas dominaram o discurso e as ações recentes do governo georgiano, esfriando a relação com Bruxelas.
O partido no poder, Georgian Dream, tem imposto restrições severas, congelando negociações de adesão à UE e acusando a União de tentar influenciar internamente. Tais acusações são negadas pela UE, que reitera seu compromisso com processos justos e democráticos.
O cenário político georgiano tornou-se ainda mais desafiador com o recente movimento do presidente do Parlamento da Geórgia, buscando proibir grandes partidos de oposição sob alegações de ameaça à ordem constitucional.
O discurso da União Europeia enfatiza uma expansão que depende do progresso mensurável nas reformas políticas e sociais. Como observado por Kaja Kallas, chefe de política externa da UE, a adesão continua sendo "um processo justo, difícil e baseado no mérito". Assim, estas reformas destacam-se como pilares centrais para que novos países alcancem a integração à União até 2030.
Com informações da Agência Brasil