O cenário em Gaza voltou a estremecer. Ataques aéreos israelenses resultaram em pelo menos 20 mortes e deixaram mais de 80 feridos, segundo informações de autoridades de saúde locais neste sábado (22). Este evento surge como mais uma prova de resistência para um cessar-fogo frágil entre o grupo militante palestino Hamas e Israel.
A cena é marcada por caos e desespero, com testemunhas e médicos relatando que o primeiro ataque atingiu um carro no bairro densamente povoado de Rimal, provocando incêndios. Ainda não é claro se as cinco vítimas fatais eram passageiros do veículo ou apenas transeuntes apanhados pelas chamas. Uma multidão rapidamente se mobilizou para apagar o fogo e socorrer as vítimas.
Qual o impacto dos ataques aéreos recentes em Gaza?
O tumulto se intensificou quando, pouco depois do ataque inicial, a força aérea israelense conduziu dois ataques aéreos adicionais. Desta vez, os alvos foram duas casas na cidade de Deir Al-Balah e no campo de Nuseirat, na região central da Faixa de Gaza. Esses bombardeios resultaram em mais de dez mortes e deixaram vários outros feridos, conforme relatos médicos locais.
Não muito tempo depois, um novo ataque aéreo israelense atingiu uma casa no oeste da cidade de Gaza, elevando o número de mortos para pelo menos 20, após matar mais cinco palestinos e ferir outros. Este aumento nas hostilidades destaca a crescente fragilidade do cessar-fogo recentemente firmado.
O que dizem Israel e o Hamas sobre estas ações?
Os militares israelenses justificaram os ataques afirmando que um homem armado havia cruzado o território israelense em Gaza, aproveitando-se de uma "estrada humanitária" por onde a ajuda entra no sul da região. Israel classificou essa ação como uma "violação flagrante do acordo de cessar-fogo".
Em contrapartida, uma autoridade do Hamas rejeitou as acusações feitas por Israel, argumentando que elas são infundadas e apenas uma "desculpa para matar". Segundo ele, o grupo continua comprometido com o acordo de cessar-fogo. As trocas de acusações entre Israel e Hamas têm sido constantes desde a assinatura da trégua, há mais de seis semanas.
Com informações da Agência Brasil
