Redação EdiCase
Ter uma boa noite de sono é essencial para garantir que seu corpo e mente funcionem em plena sintonia. Durante as horas de descanso, seu organismo se ocupa com a recuperação celular, fortalece o sistema imunológico e ajusta os hormônios. Além disso, dormir bem é uma poderosa aliada na prevenção de doenças cardiovasculares, no controle do peso e na melhoria da memória e do humor.
"Manter uma quantidade de sono adequada e regular nos horários de dormir e acordar é fundamental para a saúde física, mental e emocional", destaca o otorrinolaringologista Dr. Paulo Reis, especialista em Medicina do Sono, acrescentando que isso também previne diversas doenças.
Quais fatores realmente afetam o seu sono?
Descubra quais são os 7 fatores que podem impactar negativamente a qualidade do seu sono e, consequentemente, a sua saúde geral!
Qual é a quantidade de sono ideal para você?
Muitos acreditam que o tempo ideal de sono seja sempre de oito horas. No entanto, essa necessidade é individual. “A quantidade de sono necessária é como a quantidade de calorias que precisamos. Alguns precisam de mais, outros de menos”, afirma o Dr. Paulo Reis.
A média é de oito horas, mas isso pode variar. Adolescentes e gestantes, por exemplo, costumam necessitar de mais sono, comparando-se a uma dieta que exige mais calorias quando se inicia uma atividade física intensa.
Por que a qualidade do sono é vital?
Dormir a noite inteira não garante um sono de qualidade. “Dormir muito ou toda noite não é sinônimo de dormir bem. Se o sono for superficial ou fragmentado, a qualidade será insatisfatória”, explica Dr. Paulo Reis.
Distúrbios como o ronco e apneia do sono podem comprometer a qualidade do descanso. Sono de qualidade envolve continuidade, estágios de sono equilibrados e horários regulares, adaptados às necessidades pessoais.
O que sua má qualidade de sono pode estar tentando te dizer?
A má qualidade do sono pode indicar a Síndrome das Pernas Inquietas (SPI), afetando de 5 a 10% da população. Sintomas incluem dificuldade para dormir, cansaço, dor e formigamento nas pernas, revela a Dra. Aline Lamaita.
30% dos casos de SPI têm causas hereditárias e, em outros, causas desconhecidas. Medidas como banhos quentes, massagens, exercício físico e a eliminação da cafeína podem aliviar os sintomas.
O que ocorre entre sono e enxaqueca?
O sono e a enxaqueca estão profundamente interligados. Segundo Dr. Tiago de Paula, crises de enxaqueca podem provocar insônia e despertares frequentes devido às dores e ansiedade. Alterações químicas no cérebro durante a crise rompem o padrão do sono, criando um ciclo vicioso.
Tratar a enxaqueca com mudanças de estilo de vida e terapias eficazes, como a aplicação de toxina botulínica e medicamentos específicos, é crucial para evitar que o sono se torne um gatilho para as crises.
Por que a menopausa afeta o sono?
No período da menopausa, a insônia é comum e afeta a qualidade de vida devido às flutuações hormonais, revela a Dra. Ana Paula Fabricio. Isso pode aumentar o risco de problemas cardiovasculares, mas a terapia hormonal e mudanças no estilo de vida podem melhorar o sono.
Zumbidos podem acabar com suas noites?
Zumbidos no ouvido, especialmente após exposição a sons altos, podem estragar suas noites. Dr. Paulo Reis recomenda usar um ruído de fundo ou "detox sonoro" para casos temporários, mas persistências devem ser investigadas por um especialista.
Como evitar o impacto negativo das refeições noturnas no seu sono?
Comer excessivamente antes de dormir pode dificultar o descanso. "O fígado recebe sinais conflitantes quando comemos tarde da noite", diz a Dra. Deborah Beranger. A última refeição deve ser feita pelo menos duas horas antes de deitar, evitando assim refeições pesadas e desidratação.
Por Pedro Del Claro
