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Saúde

Pegada suicida: entenda os riscos do treino de supino inadequado

Se você frequenta academia ou pensa em começar a praticar exercícios de força, é essencial entender os riscos envolvidos e a importância da segurança. Recentemente, em Olinda (PE), a morte de Ronald José Salvador durante um exercício de supino voltou a de

Redação EdiCase Redação EdiCase

09/12/2025

Redação EdiCase
Redação EdiCase

09/12/2025

Se você frequenta academia ou pensa em começar a praticar exercícios de força, é essencial entender os riscos envolvidos e a importância da segurança. Recentemente, em Olinda (PE), a morte de Ronald José Salvador durante um exercício de supino voltou a destacar esses perigos. Ele teve sua vida interrompida ao utilizar uma técnica arriscada conhecida como “pegada suicida”, que, infelizmente, culminou na queda da barra de peso sobre seu tórax.

Para aqueles que buscam melhorar sua saúde e bem-estar, conhecer as técnicas adequadas e evitar riscos desnecessários é crucial. A narrativa em torno do acidente de Ronald não serve apenas como alerta, mas como um convite para refletirmos sobre a segurança nas academias e práticas de treinamento. Vamos explorar juntos o que você precisa saber para se proteger.

O que é a "pegada suicida" e por que é perigosa?

A “pegada suicida” é uma técnica onde o polegar não envolve a barra, tornando o controle do equipamento muito mais instável. O educador físico Alexandre Rocha destaca que qualquer deslize ou mesmo suor pode fazer a barra escorregar, causando traumas graves. "É uma técnica extremamente arriscada para qualquer praticante, especialmente sem supervisão", explica.

Como evitar traumas torácicos em exercícios de força?

Acidentes como o que ocorreu com Ronald chamam atenção para os riscos de traumas torácicos, que podem ter consequências fatais. O cardiologista Dr. Raphael Boesche Guimarães explica que um impacto direto no tórax pode causar complicações graves e rápidas, como o commotio cordis, levando rapidamente à fibrilação ventricular. Conheça alguns potenciais perigos:

  • Ruptura de coronárias ou da aorta;
  • Contusão cardíaca;
  • Pneumotórax hipertensivo;
  • Arritmias e descompensação de cardiopatias pré-existentes;
  • Eventos trombóticos.
Pegada suicida: entenda os riscos do treino de supino inadequado
Alguns cuidados são fundamentais para tornar o supino mais seguro (Imagem: LuLuraschi | Shutterstock).

Qual a importância da avaliação médica e supervisão profissional?

Antes de iniciar qualquer programa de treinamento com pesos, procure passar por uma avaliação médica. Isso ajuda a identificar condições pré-existentes que possam aumentar os riscos durante a prática. Alexandre Rocha, educador físico, ressalta a importância da supervisão nas academias:

  • Adequar o treino ao nível individual;
  • Progredir gradativamente no treino;
  • Usar travas e apoios no supino;
  • Contar sempre com um spotter para auxiliar;
  • Manter a técnica revisada com instrutores qualificados.

"Treinar é mais do que apenas levantar peso; é sobre dominar a técnica com segurança", salienta Rocha.

Desfibrilador: um equipamento que pode salvar vidas em academias

Um ponto crítico na segurança de academias é a disponibilidade de um Desfibrilador Externo Automático (DEA). "A desfibrilação precoce é a única solução eficaz para fibrilação ventricular. Academias devidamente equipadas e com pessoal treinado podem aumentar drasticamente as chances de sobrevivência", afirma Dr. Raphael Boesche Guimarães.

Como prevenir acidentes e salvar vidas em academias?

Os especialistas indicam que muitos acidentes são causados por:

  • Uso de técnica inadequada;
  • Ausência de assistente durante o treino;
  • Fadiga extrema ao final das séries;
  • Equipamentos sem manutenção ou ajuste corretos.

Por que a prevenção deve ser prioridade nas academias?

Os acontecimentos recentes servem como um alerta importante: "Traumas sérios no tórax podem ser evitados com protocolos rígidos e supervisão adequada", lembra Guimarães. A prática segura e a técnica correta são tão vitais quanto a carga levantada. "Isso não é algo que se deve normalizar", conclui Alexandre Rocha.

Por Daiane Bombarda

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