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Saúde

Síndrome do X Frágil: conheça as causas e os sintomas

A Síndrome do X Frágil é uma condição genética que pode impactar profundamente diversos aspectos do desenvolvimento humano. Causada por uma mutação no gene FMR1, no cromossomo X, essa síndrome reduz ou impede a produção de FMRP, uma proteína vital para o

Redação EdiCase Redação EdiCase

12/12/2025

Redação EdiCase
Redação EdiCase

12/12/2025

A Síndrome do X Frágil é uma condição genética que pode impactar profundamente diversos aspectos do desenvolvimento humano. Causada por uma mutação no gene FMR1, no cromossomo X, essa síndrome reduz ou impede a produção de FMRP, uma proteína vital para o sistema nervoso. As consequências podem incluir atrasos no desenvolvimento, dificuldades cognitivas e comportamentais, além de características físicas próprias como face alongada e orelhas proeminentes. Estima-se que afete um em cada 4 mil meninos e uma em cada 6 mil meninas globalmente. Identificar cedo a condição é crucial, mas a falta de conhecimento sobre a síndrome geralmente dificulta um diagnóstico precoce, resultando em confusões com o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Síndrome do X Frágil: conheça as causas e os sintomas

O que é e como a Síndrome do X Frágil é transmitida?

A condição é hereditária, sendo mais expressiva em meninos devido à localização da mutação no cromossomo X. Ela é uma das principais causas genéticas de deficiência intelectual e está frequentemente ligada ao TEA. De acordo com o Dr. Gustavo Guida, "essa síndrome é muitas vezes associada ao autismo sem que se investigue a causa, prejudicando o aconselhamento genético das famílias".

Quando procurar investigação para a Síndrome do X Frágil?

Deve-se considerar a investigação em:

  • Crianças com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor;
  • Crianças diagnosticadas com autismo sem causa definida;
  • Famílias com histórico de deficiência intelectual ou autismo recorrente;
  • Mulheres com insuficiência ovariana precoce (antes dos 40 anos).

O diagnóstico tardio é comum, em parte pela falta de investigação genética em crianças com atrasos significativos. “É indispensável que os profissionais de saúde e os familiares considerem a investigação genética como parte da avaliação de crianças com atrasos significativos e histórico familiar sugestivo”, afirma o Dr. Marcial Francis.

Quais são os sinais de alerta para a síndrome?

Os sinais variam amplamente, mas frequentemente incluem:

  • Atraso na fala e na coordenação motora;
  • Deficiência intelectual de leve a grave;
  • Comportamentos semelhantes aos do TEA;
  • Ansiedade e hiperatividade;
  • Sensibilidade sensorial e dificuldade de atenção.

Apesar de características físicas como face alongada e orelhas grandes serem comuns, elas não são sinais isolados determinantes. Avaliar o conjunto de características é essencial para a investigação genética e confirmação do diagnóstico.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é confirmado por exames genéticos que investigam o gene FMR1 através do PCR, que identifica o número de repetições da sequência CGG.

  • Até 55 repetições: normal;
  • Entre 55 e 200 repetições: pré-mutação (forma menos grave);
  • Acima de 200 repetições: mutação completa, caracterizando a síndrome.

“As tecnologias atuais tornam o diagnóstico mais rápido, que é fundamental para o acompanhamento adequado do paciente e para o aconselhamento genético das famílias”, diz o Dr. Marcial Francis.

Quais são as opções de tratamento para a Síndrome do X Frágil?

Ainda não existe cura, mas intervenções podem melhorar a qualidade de vida, como:

  • Terapias comportamentais e ocupacionais;
  • Acompanhamento fonoaudiológico;
  • Suporte educacional personalizado;
  • Medicações para convulsões, ansiedade ou hiperatividade.

O aconselhamento genético é crucial, especialmente em famílias com histórico da condição, e avanços na genética proporcionam diagnóstico precoce e suporte direcionado. Dr. Gustavo Guida destaca que "o avanço nos testes genéticos já representa um grande passo para famílias enfrentando essa condição".

Por Mariana Bego

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