O Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual, comemorado no dia 13 de dezembro, é mais do que uma simples data no calendário. É uma oportunidade para refletir sobre o protagonismo, a valorização e a garantia dos direitos das pessoas com deficiência visual. Essa comemoração nos convida a ir além das limitações aparentes e a reconhecer as conquistas e capacidades daqueles que são cegos ou têm baixa visão. Para alcançar isso, precisamos de um compromisso coletivo, além de investimento público e a mudança de percepções sociais.
Dados do IBGE revelam que existem cerca de 14,4 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência, sendo que 7,9 milhões enfrentam dificuldades visuais, mesmo o uso de óculos ou lentes. Esses números destacam a urgência de políticas públicas que impulsionem autonomia e participação plena dessas pessoas na sociedade.
Como as organizações defendem os direitos das pessoas com deficiência visual?
As organizações que defendem os direitos das pessoas com deficiência visual desempenham um papel crucial na sociedade. Elas promovem acesso à educação inclusiva, tecnologias assistivas e apoio às famílias. A Laramara, por exemplo, há mais de três décadas fortalece a autonomia e a participação social de pessoas com deficiência visual, além de contribuir na formulação de políticas públicas adequadas.
Qual a verdadeira relação entre dignidade e cidadania nas políticas para deficientes visuais?
Para Beto Pereira, analista de relações institucionais da Laramara, o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual é um chamado à responsabilidade social. Ele enfatiza que os 7 milhões de pessoas com deficiência visual no Brasil representam não apenas um número, mas vidas, sonhos e talentos. "Defender nossos direitos é defender o direito à dignidade e à cidadania", afirma Beto.
Você sabe como a inclusão pode garantir oportunidades reais?
Beto Pereira afirma que a valorização de indivíduos com deficiência vai além do reconhecimento simbólico. É preciso garantir acesso à educação, trabalho, cultura e informação, respeitando a diversidade. Ele destaca que essas ações criam um ambiente de inclusão que permite a crianças, jovens e adultos com deficiência desenvolverem suas capacidades e construírem suas vidas de maneira diversa e independente.
Segundo Beto, muitos ainda veem aqueles com deficiência visual como pessoas à margem, mas na realidade, eles possuem talentos e experiências únicas. "Instituições como a Laramara existem para assegurar que essas pessoas sejam reconhecidas pelo que realmente são", reitera.
Por Denyze Moreira
Redação EdiCase