Em 15 de agosto, duas homenagens especiais movimentam o Ceará: enquanto alguns celebram o dia de Iemanjá, outros reverenciam Nossa Senhora da Assunção, padroeira de Fortaleza. Esta data simboliza o sincretismo religioso que enriquece a cultura brasileira, unindo tradições e espiritualidade em um só evento de gratidão. Neste contexto, a presidenta da União Espírita Cearense de Umbanda, Mãe Tecla de Tupinambá, nos conta o valor dessa celebração única.
Qual a história por trás da festa de Iemanjá?
Mãe Tecla explica que "uma das homenagens mais importantes no estado do Ceará" começou nos anos 30 e ganhou força nos anos 40, graças a Manuel Rodrigues de Oliveira. Naquela época, manifestar a religião de matriz afrobrasileira era um desafio, e cultos eram realizados às escondidas. Este dia foi escolhido justamente pelo sincretismo religioso, coincidindo com a festa da padroeira de Fortaleza. Assim, 15 de agosto tornou-se um marco incontestável para os umbandistas.
Quem é a figura central da celebração?
Iemanjá é mencionada por Mãe Tecla como "a mãe de todos os orixás". A celebração atrai pessoas de diferentes regiões, unindo fiéis de todo o estado e também de fora, para agradecer pelas bênçãos recebidas. Este ano, o tema "60 anos de amor, luta e fé" destaca a longevidade e importância da tradição.
O que esperar da programação?
A festa, que ocorre há 60 anos na Praia do Futuro, começa às 8h, com um cortejo guiando a imagem da Rainha do Mar. Durante todo o dia, atividades como apresentações culturais, falas institucionais e rituais mantêm a energia e o espirito da celebração. Na Praia de Iracema, as homenagens também ocupam espaço, reforçando a devoção e a festa, mais uma vez, promete envolver todos os presentes com muito fervor e alegria.
Com informações da Agência Brasil