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BRASIL

Uma em cada seis crianças foi vítima de racismo no Brasil

Você sabia que no Brasil, uma em cada seis crianças de até 6 anos já foi vítima de racismo? Esse é um dado alarmante revelado pelo Panorama da Primeira Infância: o impacto do racismo, uma pesquisa nacional realizada pelo Datafolha. As creches e pré-escola

06/10/2025

06/10/2025

Você sabia que no Brasil, uma em cada seis crianças de até 6 anos já foi vítima de racismo? Esse é um dado alarmante revelado pelo Panorama da Primeira Infância: o impacto do racismo, uma pesquisa nacional realizada pelo Datafolha. As creches e pré-escolas surgem como os cenários mais frequentes para esses tristes episódios. O levantamento, divulgado recentemente pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, aponta um grave desafio que precisamos encarar juntos.

A pesquisa revela que 16% dos responsáveis por crianças pequenas relatam episódios de discriminação racial. Curiosamente, esse índice se torna ainda mais preocupante quando focamos em famílias negras ou pardas, subindo para 19%, comparado a 10% entre aqueles que têm pele branca. A realidade fica ainda mais cruel ao expor os locais mais comuns onde tais ofensas acontecem: 42% dizem que ocorreu em espaços públicos como ruas e parques, enquanto 20% identificaram a própria vizinhança como palco das agressões.

Racismo na primeira infância: onde ocorre mais?

Um olhar mais atento para o cotidiano das crianças brasileiras revela onde o racismo faz suas vítimas. Para além das creches e pré-escolas, muitos relatos trazem à tona locais inesperados: famílias contam que a discriminação também acontece em casa (16%) e em espaços privados como shoppings e clubes (14%). Mesmo lá onde menos se esperaria – nos serviços de saúde e templos religiosos – o problema persiste.

O papel das políticas públicas e da sociedade no combate ao racismo

Segundo Mariana Luz, CEO da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, medidas urgentes e multifacetadas são essenciais para enfrentarmos o racismo estrutural. Ela destaca a importância das políticas públicas que protejam famílias e plantem as sementes de uma sociedade mais justa. Mas isso deve ser acompanhado por uma mudança cultural: precisamos todos ser agentes ativos desse combate.

"É a gente ativar a sociedade para combater o racismo de frente, denunciar, para reconhecer e criar mecanismos para que isso não se repita. Então, seja no seu dia a dia, ou seja no ambiente do trabalho, no ambiente de uma escola, de uma creche e de uma pré-escola, que a gente possa tirar o racismo da escola com protocolos, com formação de professores, com pais engajados ali naquela escola."

Como podemos contribuir para uma sociedade mais justa?

A pesquisa ouviu 2.206 pessoas, incluindo 822 responsáveis por crianças de até 6 anos. Realizada em abril deste ano, a coleta de dados incluiu entrevistas presenciais em locais movimentados. Talvez possamos começar com pequenos gestos no nosso entorno, questionando comportamentos e adotando práticas inclusivas, tanto em casa quanto em ambientes educacionais. Que tal refletir sobre como podemos ser parte da solução?

* Com informações da Agência Brasil.



Com informações da Agência Brasil

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