A Petrobras revelou um ambicioso plano de investimentos que promete transformar o cenário industrial do Rio de Janeiro. Com um aporte superior a R$ 33 bilhões até 2029 nas áreas de refino e petroquímica, a expectativa é que 38 mil empregos, entre diretos e indiretos, sejam criados. Esta é uma oportunidade sem precedentes para impulsionar o desenvolvimento econômico local, gerando renda e oportunidades para milhares de brasileiros.
Esses investimentos fazem parte de um plano de negócios abrangente que inclui a participação significativa da Braskem, a sexta maior indústria petroquímica do mundo, em que a Petrobras possui uma participação acionária relevante. Com suas operações concentradas estrategicamente no estado, o projeto busca não apenas fomentar a economia local, mas também integrar novas tecnologias e processos inovadores.
O que está por trás do megaprojeto da Petrobras no Rio?
Conforme destacou a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, durante uma teleconferência, este plano de investimentos não é apenas robusto, mas "gigantesco". O projeto envolve a integração de várias unidades industriais importantes, como a Rota 3, o Complexo de Energias Boaventura em Itaboraí, a Refinaria Duque de Caxias (Reduc) e uma unidade da Braskem, todas na região metropolitana do Rio. É uma iniciativa que promete ir além da simples exploração e produção de petróleo.
"Estamos falando de um megaprojeto para o estado do Rio de Janeiro que vai além da exploração [de petróleo] e produção tradicionais", comentou Chambriard.
Qual o impacto da atualização do plano de investimentos?
Os investimentos de R$ 33 bilhões são uma atualização significativa do plano inicial de setembro de 2024, que previa R$ 20 bilhões. "O projeto cresceu", disse Magda Chambriard. Este crescimento reflete a aposta em uma integração robusta entre a Reduc e o Complexo Boaventura, com R$ 26 bilhões previstos e 30 mil empregos a serem gerados.
Quais são as novidades da Reduc?
Na Reduc, as ações incluem um incremento significativo na produção de vários produtos:
- Ampliar a produção de Diesel S10 em 76 mil barris por dia;
- Acréscimo na produção de querosene de aviação e lubrificantes;
- Produção de combustível sustentável de aviação (SAF) e rerefino de lubrificantes usados.
Essas melhorias deverão contribuir para uma menor dependência da importação de derivados de petróleo, como o árabe.
Como a integração vai reduzir importações?
No Complexo Boaventura, planeja-se a produção nacional de ácido acético e monoetileno glicol, produtos químicos atualmente importados e essenciais para a produção de tintas e plásticos PET. Trazer essa produção para o Brasil é um movimento estratégico que visa fortalecer a cadeia produtiva local.
E quanto à participação da Braskem?
A Braskem em Duque de Caxias também faz parte desse pacote, com a expectativa de elevar a produção de polietileno em 230 mil toneladas anuais. Esta expansão, que deve gerar 7,5 mil empregos, será financiada com R$ 4,3 bilhões da própria Braskem.
O diretor presidente da Braskem, Roberto Ramos, indicou que a conclusão do projeto está prevista para o primeiro semestre de 2028, marcando um passo significativo na autossuficiência de matérias-primas.
Termelétricas: o que esperar desse setor?
Com a inclusão de novas usinas termelétricas no investimento, o Rio de Janeiro se prepara para uma transformação energética. Três usinas, com capacidade total de 400 megawatts cada, duas delas no Complexo Boaventura, terão papel fundamental na matriz energética, complementando a produção nacional com energia de reserva.
A energia das termelétricas é complementar à produção total de energia elétrica no país.
Por que o Rio é considerado a "capital do petróleo"?
Segundo a presidente Magda Chambriard, estes anúncios demonstram um compromisso firme entre a Petrobras e o Rio de Janeiro, conhecido como a "capital do petróleo no Brasil". Com mais de 100 mil empregos diretos e indiretos relacionados aos investimentos e operações de manutenção em andamento, a Petrobras reafirma sua ligação com a economia do estado e seu papel de liderança no setor de energia do país.
Com informações da Agência Brasil