Uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, realizada na última quarta-feira (25), desmantelou uma organização criminosa que vinha aplicando golpes financeiros dolorosos contra idosos, especialmente aqueles que são beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Esse grupo tinha como alvo uma das parcelas mais vulneráveis da população, enganando os idosos com uma trama sofisticada e cruel.
A ação policial, liderada pela 26ª delegacia (Todos os Santos), cumpriu mandados de busca e apreensão em diferentes regiões do Rio, incluindo os bairros de Campo Grande, Bangu e Realengo, na zona oeste, e também em Irajá, na zona norte. Durante a operação, bens dos suspeitos foram apreendidos, visando enfraquecer a estrutura financeira da quadrilha.
Como os criminosos aplicavam o golpe financeiro?
A estratégia adotada pelo grupo era enganosa e bem arquitetada. Eles se aproximavam das vítimas oferecendo cestas básicas, sob o pretexto de oferecer auxílio social. Aproveitando-se da boa fé dos idosos, na oportunidade de entregar as cestas, registravam selfies com suas vítimas. Com essas imagens e dados pessoais em mãos, os fraudadores abriam contas bancárias virtuais e contratavam empréstimos consignados em nome dos aposentados, comprometendo diretamente suas rendas. Estima-se que mais de 100 idosos já tenham sido lesados por esse esquema.
Para onde o dinheiro dos empréstimos era direcionado?
Após a obtenção dos empréstimos fraudulentos, os valores eram dispersos entre várias contas bancárias e, posteriormente, transferidos para o líder do grupo criminoso. Curiosamente, este líder se apresentava nas redes sociais como day trader – alguém que negocia ativos financeiros em busca de lucros rápidos – e ainda era proprietário de duas lojas comerciais. Conforme apontam as investigações, essas lojas serviam como fachada para a lavagem do dinheiro obtido de forma ilícita.
Qual era o objetivo da operação policial?
A principal meta dessa operação era desarticular as ações ilícitas do grupo, enfraquecendo sua estrutura financeira através do sequestro de bens. As medidas visam proteger a população idosa e interromper a cadeia de crimes que estava em andamento.
O INSS, por sua vez, mencionou em uma nota que não comenta operações policiais enquanto estão em curso, para não prejudicar as investigações. Ressaltou ainda que atua continuamente em colaboração com a Força-Tarefa Previdenciária, unindo esforços desde o levantamento de indícios até as investigações conduzidas pela Polícia Federal.
Com informações da Agência Brasil