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BRASIL

Mulheres negras reivindicam justiça e bem-viver em marcha no Rio

Milhares de mulheres negras se uniram neste domingo, 27 de julho, na icônica Praia de Copacabana, para a XI Marcha das Mulheres Negras do Rio de Janeiro. A marcha, uma manifestação poderosa contra o racismo e em defesa da justiça e do bem viver, mobilizou

27/07/2025

27/07/2025

Milhares de mulheres negras se uniram neste domingo, 27 de julho, na icônica Praia de Copacabana, para a XI Marcha das Mulheres Negras do Rio de Janeiro. A marcha, uma manifestação poderosa contra o racismo e em defesa da justiça e do bem viver, mobilizou coletivos de todo o estado. O evento ocorreu próximo ao Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Afro-caribenha, celebrado dois dias antes, e homenageia Marielle Franco, cujo aniversário seria comemorado no mesmo dia.

A presença de figuras importantes como Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial e irmã de Marielle, ao lado de sua mãe, Marinete da Silva, e da sobrinha, Luyara Franco, reforçou a importância do evento. Luyara lembrou emocionada do legado da mãe, dizendo "Hoje, minha mãe estaria completando 46 anos e estar aqui é muito simbólico".

Qual é o significado do bem-viver defendido pelas manifestantes?

Jupi Conceição, coordenadora de Comunicação do Fórum Estadual de Mulheres Negras, explicou que o conceito de bem-viver vai além da sobrevivência tangível. É uma luta pelo direito ao acesso à alimentação, à liberdade de caminhar, e, acima de tudo, a busca pelo fim da violência, especialmente a doméstica e o feminicídio.

Como a nova geração está envolvida na marcha?

A faixa da frente da marcha foi conduzida por jovens negras, simbolizando o futuro do movimento. Ana Julia, uma estudante de 17 anos, falou sobre suas esperanças por mais oportunidades de estudo e por menos preconceito, destacando que aprendeu com sua mãe a importância de levantar a voz.

Quais são as histórias de dor e esperança por justiça?

Mães que perderam seus filhos em ações do Estado também marcaram presença. Rafaela Mattos, mãe do adolescente João Pedro, relembrou a tragédia vivida e expressou sua expectativa por um julgamento justo e rápido. A decisão judicial recente que revogou a inocência dos policiais envolvidos trouxe uma centelha de esperança, mas o medo ainda persiste, disse ela.

Mônica Cunha, co-fundadora do Movimento Moleque, reforçou que a marcha é uma maneira de transformar o luto em luta, destacando que "isso acontece por causa do racismo que impera sobra nossas vidas".

Por que a representação política das mulheres negras é importante?

Richelle da Silva Costa, do grupo Mulheres Negras Decidem, destacou a necessidade de ampliar a representação política das mulheres negras, para construir políticas públicas que reflitam verdadeiramente suas necessidades e realidades. "Não ter mulheres negras nesses espaços só fortalece uma política que nos vulnerabiliza", afirmou.



Com informações da Agência Brasil

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