No coração de Foz do Iguaçu, Márcia Lopes, ministra das Mulheres, destacou recentemente a importância dos prefeitos no combate à violência contra mulheres. Sua fala ressoou durante a abertura do 1º Fórum dos Conselhos Municipais dos Direitos das Mulheres do Paraná, um evento que reuniu vozes importantes do poder público e da sociedade civil na busca por políticas públicas voltadas à igualdade de gênero.
“Se cada município tiver compromisso com a mudança desses indicadores, com suas equipes da saúde, da educação, da cultura, da assistência social, do trabalho, falando disso, nós haveremos de mudar essa realidade”, defendeu Márcia Lopes.
A ministra utilizou essa plataforma para enfatizar a urgência de esforços coletivos em diferentes setores para alterar uma realidade que ainda assola muitos municípios brasileiros. Esta questão foi a tônica da conferência, que ainda contou com a realização de oficinas e discussões para fortalecer o papel dos conselhos municipais na implementação de ações efetivas.
Qual a importância das conferências para as políticas de gênero?
Márcia Lopes, em sua fala, reforçou que as conferências estaduais, como a V Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres do Paraná, são fundamentais para aproximar o Estado da sociedade civil. Estes encontros, que acontecem até o final de agosto, são espaços democráticos onde se elaboram propostas e se elegem representantes para a etapa nacional em Brasília.
Os relatórios gerados nas conferências podem ser apresentados nas Assembleias Legislativas, envolvendo deputados no compromisso de aplicar essas deliberações e monitorar a implementação das prioridades. Assim, a discussão dessas políticas não fica restrita aos encontros, mas se estende ao dia a dia do poder legislativo.
Confira as datas das conferências estaduais de políticas para as mulheres
O que está sendo feito pela Casa da Mulher Brasileira?
As obras da Casa da Mulher Brasileira em Foz do Iguaçu, visitadas pela ministra, são apenas a ponta do iceberg de um compromisso maior. Fruto de uma parceria entre o ministério e a Itaipu Binacional, com um investimento de R$ 9,5 milhões, a iniciativa é uma resposta direta à crescente incidência de violência contra mulheres na região.
Enio José Verri- Arquivo/Tânia Rêgo/Agência Brasil
Previstas para serem inauguradas até o final do ano, outras duas unidades no Paraná se somarão à de Curitiba, reforçando a rede de apoio às mulheres. Desde 2023, o governo federal investiu R$ 389 milhões na expansão destas unidades, agora em 11 localidades, com outros 31 centros em fase de desenvolvimento ou construção.
Esta rede oferece um serviço integrado de acolhimento, que inclui Defensoria Pública, Patrulha Maria da Penha, Instituto Médico Legal e diversos outros apoios para garantir que as mulheres tenham um local seguro para buscar ajuda e orientação.
Com informações da Agência Brasil