No próximo domingo, 3 de agosto, Brasília será o palco da 4ª Marcha das Mulheres Indígenas. Em sintonia com esse importante evento, o programa Viva Maria se une à escritora Sony Ferseck. Sony, uma influente voz do povo Makuxi, é professora, poeta, e cofundadora da Wei Editora, localizada em Roraima. A editora se destaca por impulsionar autores indígenas e fomentar obras bilíngues. Sony também estará presente na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), um espaço prestigiado no mundo literário.
Em uma conversa envolvente, Sony lança luz sobre a rica herança indígena do Brasil e as agruras enfrentadas por seus povos, com especial foco na violência contra as mulheres. Ela destaca a persistente negligência enfrentada pelas mães indígenas, perpetuada por um histórico de violência que assola Roraima, seu estado natal. Sony relembra como o Mapa da Violência 2015 já apontava um alarmante crescimento de 500% nos casos de violência contra mulheres e crianças entre 2005 e 2015.
Qual o impacto do livro "Weiyamî: mulheres que fazem sol"?
"Weiyamî: mulheres que fazem sol", obra de Sony Ferseck que alcançou as semifinais do 65º Prêmio Jabuti, exalta o protagonismo das mulheres indígenas. Essas mulheres são pilares em suas comunidades e na perpetuação dos direitos indígenas, mantendo viva a língua e a cultura, mesmo sob as adversidades. "São elas que fazem o sol brilhar, apesar de tanta violência", afirma a escritora.
Como a Wei Editora está transformando o cenário literário indígena?
A Wei Editora, cofundada por Sony, surge como um verdadeiro farol cultural. "Acreditamos que essas palavras indígenas são sóis", diz Ferseck. A editora se dedica a dar voz a mulheres indígenas, incentivando-as a se verem como escritoras e autoras em suas próprias línguas. Dessa forma, a Wei não apenas circula palavras, mas também instiga um reconhecimento e valorização além das fronteiras dos territórios indígenas.
Com informações da Agência Brasil