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BRASIL

Marcha das Mulheres Indígenas defende luta contra a violência

A 4ª Marcha das Mulheres Indígenas ressoou em Brasília com cantos de resistência e manifestos vigorosos. O evento, realizado na quinta-feira (7), reuniu mais de sete mil pessoas no Eixo Monumental e Esplanada dos Ministérios. Sob o tema "Nosso corpo, noss

07/08/2025

07/08/2025

A 4ª Marcha das Mulheres Indígenas ressoou em Brasília com cantos de resistência e manifestos vigorosos. O evento, realizado na quinta-feira (7), reuniu mais de sete mil pessoas no Eixo Monumental e Esplanada dos Ministérios. Sob o tema "Nosso corpo, nosso território: somos as guardiãs do planeta", as vozes indígenas clamaram por reconhecimento e proteção de seus direitos.

Entre os principais pontos levantados na marcha, destacaram-se a urgente demarcação de terras, a luta contra as violências de gênero e as críticas ao projeto de flexibilização de licenças ambientais, conhecido como PL 2159 ou "PL da Devastação". Outra forte bandeira foi contra a lei do marco temporal, com mensagens refletidas em diversas línguas e cartazes em português.

O que mobiliza as mulheres indígenas?

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, enfatizou as reivindicações ao unir sua voz às mulheres presentes na manifestação. Acompanhada pela atriz Alessandra Negrini, ambas empunhavam uma faixa em defesa do corpo e do território indígena. "Seguimos juntas pelo bem viver indígena", declarou Guajajara, ecoando a solidariedade e a resistência da causa.

Quem são as protagonistas desta luta?

Indígenas de todos os biomas do Brasil participaram do evento, reafirmando seu papel como protagonistas de suas histórias.

“É o momento de mostrar que nós somos as próprias protagonistas da nossa história. A luta nossa é pela vida e pelo não desmatamento das florestas”, expressou a ativista e artista indígena Weena Tikuna, do território Umariaçu, no Amazonas.

Ao lado dela, muitas argumentavam que a redução da devastação ambiental era necessária para mitigar as mudanças climáticas já em curso. Aline Ikpeng, do Parque Indígena do Xingu, destacou sua presença em Brasília em prol das próximas gerações, levando sua bebê de menos de um ano nos braços. “Nós estamos sendo massacrados, a mata e os animais [estão] desaparecendo”, desabafou Aline.

Marcha das Mulheres Indígenas defende luta contra a violência

Mais de sete mil pessoas participaram da manifestação em Brasília. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Qual é o impacto das novas homologações?

Na mesma semana da marcha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializou a homologação de três novas Terras Indígenas: Pitaguary, Lagoa Encantada e Tremembé de Queimadas, todas localizadas no Ceará. Nos últimos dois anos, 16 territórios indígenas foram homologados, refletindo um progresso significativo na luta por reconhecimento de direitos.

As homologações foram baseadas na maturidade dos processos administrativos e no prolongado período de espera pelo reconhecimento dos direitos territoriais dos povos indígenas, conforme informou o governo. Esta ação representa mais um passo na luta contínua pela proteção e ampliação dos direitos indígenas no Brasil.



Com informações da Agência Brasil

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