O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), anunciou que pautará projetos visando combater e restringir o alcance de perfis e conteúdos nas redes sociais que promovem a ‘adultização’ de crianças e adolescentes.
Essa movimentação ganhou força após denúncias feitas pelo influenciador Felca Bress, que expôs perfis usando crianças e adolescentes em trajes inadequados, dançando músicas sensuais ou abordando temas adultos em programas divulgados nas plataformas digitais.
Por que o tema da 'adultização' infantil está gerando tanto debate?
Felca Bress trouxe à tona um problema que já vinha se cultivando na sociedade digital: perfis que exploram crianças e adolescentes, visando a monetização através do aumento de visualizações. Essa prática questionável levantou preocupações não só pela exposição das crianças, mas também pelas graves consequências ao desenvolvimento emocional delas.

A repercussão das críticas de Felca fez com que a Câmara dos Deputados decidisse agir prontamente. Conforme Motta declarou em sua rede social, "Esse é um tema urgente, que toca no coração da nossa sociedade."
Como o governo pretende lidar com essa situação?
O governo federal, representado pela ministra das relações institucionais, Gleisi Hoffmann, enfatizou a necessidade de responsabilizar as plataformas digitais. Segundo ela, as redes sociais possuem a capacidade de monitorar o que seus usuários fazem e não podem ignorar a disseminação de conteúdo prejudicial. "A internet não pode continuar sendo uma terra sem lei", pontuou Gleisi, referindo-se aos riscos de deixar tais conteúdos proliferarem sem controle.
O que é a 'adultização' infantil e quais são suas consequências?
A 'adultização' infantil se refere à exposição precoce de crianças a comportamentos, responsabilidades e expectativas que deveriam ser reservadas aos adultos. Segundo o Instituto Alana, essa prática pode levar à erotização e impactar negativamente o desenvolvimento emocional e psicológico das crianças. É uma questão de suma importância, uma vez que repercute diretamente na formação e bem-estar dos jovens.
É fundamental que haja uma discussão contínua e medidas concretas para proteger as crianças e adolescentes em nosso país, assegurando que cresçam em um ambiente que respeite sua fase de desenvolvimento.
Com informações da Agência Brasil