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BRASIL

RJ: em 45 dias, batalhão tem 2 grupos de PM presos por vender serviços

Dez policiais militares do 39º Batalhão de Polícia Militar (BPM), localizado em Belford Roxo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, foram presos nesta quinta-feira (14) em uma operação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). A acusa

14/08/2025

14/08/2025

Dez policiais militares do 39º Batalhão de Polícia Militar (BPM), localizado em Belford Roxo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, foram presos nesta quinta-feira (14) em uma operação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). A acusação: envolvimento em um esquema criminoso que chantageava comerciantes oferecendo uma “segurança particular” ilegal.

Esta é a segunda ação em menos de dois meses focada nos agentes do 39º BPM com o objetivo de frear essa prática ilegal. Com as denúncias crescentes, é necessário entender como esses policiais usavam seu poder para comandar um verdadeiro "serviço de segurança" privado e ilegal.

O que levou à prisão dos policiais militares em Belford Roxo?

Os promotores do MPRJ revelaram um esquema de propina, no qual policiais do 39º BPM recebiam pagamentos semanais de comerciantes para oferecer segurança armada durante o expediente normal do batalhão. O mais grave? Faziam uso das viaturas, fardas e armamentos do Estado para estas atividades. Os comerciantes que pagavam por esse "serviço" eram apelidados de "padrinhos" e recebiam atenção especial, conforme destacado na denúncia do MPRJ.

Como o esquema afetou a segurança pública?

O MPRJ destacou que essa prática representa uma "subversão total" da lógica da segurança pública. Policiais que deveriam agir para proteger a população sem custos, estavam transformando seus deveres em um serviço privado e cobrado. Essa violação não só mancha a integridade do serviço policial, mas também deixa a população vulnerável.

Como foi realizada a operação para prender os PMs?

A autorização para a operação veio da auditoria da Justiça Militar e foi executada pelo Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública (Gaesp) do MPRJ, em conjunto com a Coordenadoria de Segurança e Inteligência do Ministério Público. A operação, que contou com o apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar, resultou em prisões não só em Belford Roxo, mas também em cidades próximas como Rio de Janeiro, Duque de Caxias e Nova Iguaçu.

Essas práticas já tinham sido identificadas anteriormente?

Em julho, uma operação similar do MPRJ levou à prisão de onze policiais do mesmo 39º BPM, por acusações semelhantes. A investigação identificou pontos comerciais envolvidos, que iam desde restaurantes e lojas a serviços públicos como o Detran. Os promotores destacam que a prática criminosa era disseminada ao ponto de comerciantes serem coagidos por mais de um grupo de policiais.

A Agência Brasil solicitou um posicionamento da Polícia Militar sobre os casos, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem.



Com informações da Agência Brasil

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