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BRASIL

Comitê finaliza texto com princípios para regulação de redes sociais

O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) deu um passo importante ao apresentar, na última quinta-feira (14), os princípios para regulação das redes sociais no país. Este documento, resultado de intensas consultas públicas, visa oferecer uma base par

15/08/2025

15/08/2025

O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) deu um passo importante ao apresentar, na última quinta-feira (14), os princípios para regulação das redes sociais no país. Este documento, resultado de intensas consultas públicas, visa oferecer uma base para o marco regulatório que promete transformar a forma como as plataformas digitais interagem com as leis e os cidadãos brasileiros.

Entre maio e junho, o CGI.br abriu as portas para o debate, buscando ainda mais contribuições. O resultado? Cerca de 300 propostas de diversos setores da sociedade, como acadêmicos, governantes, empresas e ONGs, que moldaram o texto final destes princípios. O objetivo claro é harmonizar a regulação das redes sociais com as necessidades democráticas e de segurança da população. Mas o que acontece agora? Como estes princípios vão afetar o uso das redes sociais no Brasil?

O que desencadeou a criação destes princípios?

Renata Mielli, coordenadora do CGI.br, destaca a urgência em regular plataformas digitais em tempos de comunicação acelerada e global. "Esses princípios nasceram do nosso modelo multissetorial, buscando garantir que qualquer regulação fortaleça a democracia e proteja os direitos fundamentais", comenta Mielli. Em um cenário complexo, a ideia é assegurar que as normas não estrangulem a inovação, mas sim, criem um ambiente digital mais seguro.

Como o CGI.br envolveu a sociedade?

Desde o início, o CGI.br abriu suas portas para a participação da sociedade por meio de consultas públicas. Entre as principais demandas estão:

  • Respeito aos direitos humanos: Proteção da privacidade e contra discriminações.
  • Soberania e jurisdição nacional: Conformidade com a Constituição Federal e as leis nacionais.
  • Inovação e desenvolvimento socioeconômico: Estímulo à autonomia e à economia digital.

Esses pontos reforçam a necessidade de uma regulação alicerçada em diversidade de visões e diálogo público. Afinal, um marco regulatório equilibrado é fundamental para um uso mais consciente e produtivo das redes sociais.

Quais são os 10 princípios para regulação?

O documento do CGI.br enumera dez princípios que prometem ser um guia para legisladores e sociedade. Eles são:

  1. Respeito ao Estado Democrático de Direito.
  2. Preservação dos direitos humanos e da liberdade de expressão.
  3. Autodeterminação informacional para usuários.
  4. Integridade da informação publicada.
  5. Promoção da inovação e do desenvolvimento socioeconômico.
  6. Transparência e prestação de contas pelas plataformas.
  7. Interoperabilidade e portabilidade de dados.
  8. Prevenção e responsabilidade das plataformas.
  9. Proporcionalidade regulatória aplicada.
  10. Governança multissetorial robusta.

A adoção desses princípios busca equilibrar liberdade e responsabilidade, assegurando que as plataformas contribuam com um ambiente digital digno e seguro.

Quais são as expectativas futuras?

Henrique Faulhaber, coordenador do grupo de trabalho do CGI.br, enfatiza a necessidade de diretrizes claras. "Nosso objetivo é propor soluções eficazes, usando esses princípios como referência e alinhando-se à dinâmica da internet", acrescenta Faulhaber. Essa abordagem visa reduzir os efeitos adversos do uso das redes e fortalecer o espaço digital brasileiro.

O debate continua, mas o CGI.br mostra estar atento às demandas tecnológicas e sociais. À medida que esses princípios avançam, a regulação das plataformas continuará a evoluir, moldando o futuro da comunicação digital no Brasil.



Com informações da Agência Brasil

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