Você já imaginou estar passeando por um shopping e descobrir que uma quadrilha operava ali sob seus olhos? Foi exatamente isso que aconteceu no Rio de Janeiro, quando a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco/IE) deflagrou uma operação contra um esquema de fraude envolvendo veículos. Com um prejuízo de quase R$ 6 milhões, os criminosos conseguiram enganar grupos multinacionais de investimentos, evidenciando a audácia e organização da quadrilha.
Nesta operação, os policiais civis se depararam com 11 carros, frutos de estelionato, estacionados em uma locadora de veículos dentro de um shopping no Recreio dos Bandeirantes. Mas isso era apenas a ponta do iceberg. Em uma segunda etapa, mais 12 veículos foram encontrados, totalizando 76 automóveis adquiridos fraudulentamente em Minas Gerais, sem que um centavo fosse pago à financiadora.
Como a fraude foi desvendada pela polícia?
A Draco utilizou tecnologia e inteligência para rastrear os carros que já circulavam no Rio de Janeiro, especialmente nas zonas oeste de Santa Cruz e Campo Grande. O uso de documentos falsos nos contratos de aquisição foi crucial para o sucesso do golpe. Esses carros, surpreendentemente, estavam sendo utilizados por uma milícia local para correr em aplicativos de transporte, transformando-se em uma fonte de renda ilegal.
De que forma os veículos estavam sendo utilizados?
Os automóveis não eram apenas peças passivas no esquema. Além de rodarem nos aplicativos, parte deles foi colocada à disposição para locação em um shopping. Curiosamente, uma oficina improvisada era mantida nesses locais, já que veículos ilícitos não poderiam ser levados a estabelecimentos autorizados sem levantar suspeitas.
Quem era o cérebro por trás do esquema?
Entre os envolvidos, Robson Soares Moreira Júnior foi temporariamente retirado de circulação ao ser preso no local. Com ele, 23 veículos foram recuperados. As autoridades, agora, continuam a investigação para identificar mais membros da organização e entender o fluxo dos recursos obtidos com as locações. A operação não encerrou — ainda há muitos veículos a serem localizados e desvendado o destino do dinheiro gerado por essa fraude cinematográfica.
Com informações da Agência Brasil