A cidade do Rio de Janeiro foi palco de uma sentença importante no combate ao crime de latrocínio. Pablo Francisco da Silva e Flávio Lima de Mello receberam uma condenação pesada pela morte de Sérgio José Coutinho Stamile, o famoso "Pirata do Arpoador". Esse caso trágico, ocorrido no Parque Garota de Ipanema em agosto de 2021, teve grande repercussão tanto pela brutalidade do ato quanto pela figura do publicitário e músico envolvido.
A condenação trouxe sentenças significativas: Pablo cumprirá 27 anos, 2 meses e 20 dias, enquanto Flávio recebeu uma pena de 23 anos e 4 meses, ambos em regime fechado. Mas como esse desfecho foi alcançado? Acompanhe os detalhes que selaram o destino dos culpados.
Como as provas conduziram à condenação?
Um desentendimento fatal levou à imobilização e asfixia de Sérgio Stamile durante um confronto inesperado. O crime não parou por aí: a dupla fugiu levando os pertences da vítima. Imagens de câmeras de segurança foram determinantes na identificação dos autores, registrando o momento exato da abordagem e a violência brutal que se seguiu. As gravações capturaram toda a sequência, que culminou na morte do músico.
O que motivou esse encontro trágico?
Sérgio foi levado até o Parque Garota de Ipanema na madrugada do dia 9 de agosto, logo após ter sido deixado por sua namorada em frente ao seu prédio em Copacabana. Conhecido por suas meditações noturnas no parque, ele entrou após o horário habitual de funcionamento. Mesmo com os portões fechados, o acesso permaneceu livre devido a grades quebradas.
Qual foi o papel do juiz nessa decisão?
Ricardo Coronha Pinheiro, juiz da 39ª Vara Criminal do Rio, ressaltou a ausência de elementos que pudessem atenuar a pena. Pelo contrário, o magistrado evidenciou as circunstâncias agravantes: o uso da violência e a ameaça grave ao aplicar o golpe conhecido como "mata-leão", deixando a vítima sem defesa.
“Por outro lado, existe circunstância agravante a ser considerada, na medida em que o crime de latrocínio foi cometido mediante violência e grave ameaça, consubstanciadas em entrar em luta corporal com a vítima, aplicando-lhe um golpe fatal chamado mata-leão, enforcando-a, recurso que impossibilitou a defesa da vítima”, afirmou o juiz em sua sentença.
Como a investigação esclareceu os acontecimentos?
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) teve um papel fundamental. Com auxílio de câmeras de monitoramento, a polícia pôde identificar os dois homens como responsáveis pelo atacado. As imagens permitiram acompanhar desde a chegada da vítima até o momento fatídico do latrocínio, comprovando a sequência de ações dos réus.
Através do comprometimento das autoridades e o apoio tecnológico, foi possível assegurar a justiça em mais um caso que abalou a cidade maravilhosa.
Com informações da Agência Brasil