Você já imaginou como é explorar o interior das cavernas brasileiras? Mais do que esconderijos de mistérios, essas cavidades naturais guardam vestígios riquíssimos da nossa história e cultura. É por isso que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) uniram forças para mapear e proteger cavernas de alta relevância arqueológica, histórica, cultural e religiosa no Brasil. Esta parceria não só visa preservar esses lugares incríveis, mas também promover seu uso sustentável. Ficou curioso para saber mais?
Atualmente, o projeto está na fase inicial, e as primeiras cavernas identificadas ficam em Goiás, revelando registros rupestres e sepultamentos humanos que remontam a cerca de 12 mil anos atrás! A ideia é formar um Grupo de Trabalho com representantes de todo o país, coordenado pelo Iphan, e as atividades devem começar em breve, com expectativa de iniciar em setembro, envolvendo dez servidores do Iphan e dois do ICMBio.
Como será a colaboração entre Iphan e ICMBio?
Danilo Curado, arqueólogo do Iphan, nos esclarece que essa parceria é uma verdadeira união de forças. "Cavernas com sítios arqueológicos são de relevância máxima. A ação conjunta visa identificar sítios arqueológicos em cavernas, combinando as competências institucionais", explica Danilo. Em outras palavras, é a chance de juntar expertises para garantir não apenas a identificação, mas também a proteção dessas riquezas naturais.
Quais serão os produtos da iniciativa?
Dessa união, dois produtos principais estão previstos: um manual de boas práticas e um fluxograma. O manual servirá como guia para turistas, guias locais, prefeituras e comunidades, oferecendo diretrizes claras para que todas as visitas reforcem o papel educativo e causem o mínimo de impacto. Já o fluxograma pretende melhorar a ação pública com um procedimento técnico-operacional para avaliação histórica e cultural das cavidades.
O que vai constar no manual de boas práticas?
Danilo Curado explica: "Pretendemos escrever a várias mãos o que pode e o que não pode ser feito em cavernas com sítios arqueológicos.” Ele destaca que em pontos com pinturas rupestres, por exemplo, atividades como acender fogueiras, pichar ou escalar serão estritamente proibidas. O objetivo? Garantir que as gerações futuras também possam apreciar esses sítios únicos. Afinal, a perpetuidade dos sítios arqueológicos depende da nossa responsabilidade hoje.
Essas iniciativas serão amplamente divulgadas para comunidades, visitantes e operadores turísticos, marcando o início de uma nova era de conscientização e preservação. Quem sabe, um dia você mesmo não vai querer visitar essas cavernas e aprender mais sobre nossa história e cultura?
Com informações da Agência Brasil